A rede sismográfica da hidrelétrica de Itaipu identificou variações provocadas pelo terremoto na Bolívia, ocorrido na manhã de segunda-feira (2), às 10h40 (horário de Brasília).
De acordo com a Rede Sismográfica Global (Iris-GSN), o sismo de 6.8 graus de magnitude ocorreu na região norte-nordeste de Carandayti, a 557 km de profundidade. A energia liberada equivale a 12 bombas atômicas, segundo o Painel Global de Monitoramento da Terra em Tempo Real. O local do epicentro, nas coordenadas 20.652°S e 63.017°W, fica a cerca de dois mil quilômetros da usina, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. Na imagem ao lado, o mapa do monitoramento do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) mostra o local do sismo.
Embora tenha sido identificado pelos equipamentos sismológicos de Itaipu, o tremor não afeta as estruturas da barragem, dimensionada para a ocorrência de sismos. “Nosso sistema é extremamente sensível e capta abalos de todo o mundo, e não houve registros na nossa instrumentação de auscultação”, explicou Josiele Patias, engenheira civil da Itaipu e doutora em Geotecnia pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP).
A magnitude dos sismos é classificada conforme a Escala Richter (1 a 9). Já a intensidade (1 a 10) é mensurada pela percepção do tremor pelas pessoas e pelos danos causados pelo abalo.
JIE