A Prefeitura de Foz do Iguaçu decretou luto oficial de três dias pelo falecimento do ex-deputado federal Lyrio Bertoli, de 88 anos, de morte natural. O velório acontece no cemitério São João Batista, no centro.
Nascido em Taió (PR), Bertoli era considerado um dos pioneiros do oeste paranaense. Foi incansável defensor de causas locais como a implantação da BR 277 e da Itaipu Binacional.
Filho de José Luís Bertoli e de Amélia Bertoli, Lyrio Bertoli foi contabilista, formado pela Escola Técnica Rio Branco, em Cascavel (PR), formou-se advogado pela Faculdade de Direito da Universidade do Paraná. Fez ainda curso de planejamento governamental na Universidade de Brasília.
Em 1962 foi eleito Deputados Federal pelo Partido Social Democrático (PSD) tornando-se o primeiro deputado federal eleito pelo oeste paranaense. Assumiu o mandato em fevereiro de 1963, visitando na qualidade de deputado federal a Espanha em 1964 e Israel em 1965, a convite dos respectivos governos.
Com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2 (27/10/1965) e da posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena), sendo reeleito deputado federal em novembro de 1966.
Na Câmara dos Deputados participou como titular das Comissões de Economia e Orçamento, e foi membro da CPI de Produção Mineral, tendo sido ainda suplente das Comissões de Finanças e Segurança Nacional. Candidato a mais um mandato em novembro de 1970, não foi bem-sucedido, deixando a Câmara em janeiro de 1971.
Deixando a carreira política, dedicou-se ao exercício da advocacia e à administração de empresas. Vice-presidente do banco paraguaio, Banco del Paraná, nos anos de 1985 e 1986, radicou-se em Foz do Iguaçu (PR), onde tornou-se membro fundador e presidente da Academia de Cultura de Foz do Iguaçu, exercendo o mandato até o ano 2000.
Foi casado com Amália Teresa Galafassi Bertoli, com quem teve três filhos.
AMN