A paralisação de caminhoneiros autônomos do Paraguai, por aumento no valor do frete e contra a circulação de caminhões bitrens, continua causando desabastecimento em várias regiões do país. De acordo com o Associação de Proprietários de Postos de Combustíveis e Afins (Apesa), no departamento de Alto Paraná estima-se que 70% dos postos esteja com racionamento de combustível. A Apesa orienta os consumidores a só utilizarem automóveis de passeio em casos necessários.
No Alto Paraná, as cidades mais afetadas com a falta de combustível desde a semana passada são Presidente Franco, Ciudad del Este e Hernandarias. O assessor jurídico da Apesa, Alfredo Molas, afirma que a situação ainda é mais grave com o fim do estoque de hidrocarboneto.
“Já está terminando nos postos de combustíveis que ainda tem gasolina e a Industria Paraguaia de Alcool (Inpasa) já não produz mais por falta de insumos. Tudo isso por consequência da paralisação dos caminhoneiros que afeta vários setores”, disse.
O assessor informou ainda, que vários caminhoneiros estão deixando de vir até a fronteira, com medo de ter a carga retida nos postos de bloqueio. “Estão chegando três caminhões das bandeiras Copetrol e Integral, mas com carga suficiente para abastecer alguns postos, em pouco quantidade”, disse Molas.
Molas pede que a população racionalize o uso de automóveis particulares e que os motoristas de Ciudad del Este busquem alternativas, como, por exemplo, abastecer em postos de Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú.
No início de terça-feira (6), representantes do Sindicato de Trabalhadores de Transporte e do governo paraguaio, se reuniram para chegar a um acordo sobre o preço do frete. Eles não chegaram a um acordo e continuaram mobilizados.