O governo da Argentina decidiu colocar em prática o projeto de aumento no controle das fronteiras, para evitar a entrada de eventuais grupos terroristas. A medida tem como foco a realização da Cúpula do G20, que acontece no país no fim de 2018.
Com isso, as aduanas das fronteiras e dos aeroportos tiveram a política migratória reforçada nos últimos dias. Nos aeroportos, foi colocado em prática um sistema de controle antecipado de passageiros, mais rígido que o atual, principalmente para quem vem de países da América Latina e do Oriente Médio. O sistema rastreia o estrangeiro 24 horas antes dele entrar no país, além de escalas e rotas por onde passar após o controle migratório.
Para funcionar, o sistema conta com o colaboração de mais de 20 países, que estarão reunidos com seus chefes de estado. Será feito o mapeamento de passageiros oriundos de cidades onde poderiam vir terroristas e traficantes. Entres os presidentes, estará o o norte-americano Donald Trump.
Estrangeiros que vivem na Argentina também serão controlados, principalmente os com antecedentes criminais. Em 2017, o presidente Mauricio Macri assinou um decreto facilitando a expulsão dessas pessoas.
Desde a entrada em vigor do decreto, foram expulsos da Argentina 470 estrangeiros com antecedentes, principalmente por tráfico. O governo pretende sencibilizar os setores da Justiça em ajudar à expulsar cidadãos de outras nacionalidades já condenados em outros países.
Em 2016, o número de estrangeiros custodiados pelo Serviço Penitenciário Nacional da Argentina, passou para 21,35% de toda a população carcerária do país. Destes, 33% por tráfico.
As cidades com maior controle deverão ser Buenos Aires, Salta, Tucumán, Jujuy, Santiago del Estero, Santa Fe, Mendoza e Tierra del Fuego, que irão trocar informações e capacitar fiscais.
Mesmo com toda a restrição, o governo da Argentina radicou desde 2016, 428 mil estrangeiros que viviam ilegalmente no país.
Fonte: Infobae