Caminhoneiros realizam protestos desde a última sexta-feira (26), deixando caminhões estacionados em rodovias por todo o Paraguai. Em Cidade do Leste, a paralisação acontece no km 10, na rodovia de acesso à Ponte Internacional da Amizade. O protesto na fronteira tem causado demora na liberação de cargas que deveriam entrar no Brasil, por Foz do Iguaçu.
Com os caminhões parados, vários setores do comércio paraguaio começam a ficar desabastecidos, como, por exemplo, postos de combustíveis de Cidade do Leste que já estão sem nafta, um similar da gasolina. A Associação de Proprietários e Operadores de Postos de Combustível e Afins (Apesa), informou que 40 caminhões carregados com combustível esperam a liberação. O estoque de diesel nos postos também está chegando ao fim.
A Federação de Caminhoneiros do Paraguai se manifesta contra a permissão dada pelo Ministério de Obras Públicas e Comunicações, para que caminhões bitrens vindos do exterior circulem no país, a maioria brasileiros. Estima-se que no departamento de Alto Paraná, onde a capital é Cidade do Leste, existam 5 mil motoristas autônomos prejudicados com a circulação desse tipo de carga, ainda de maneira experimental. Em todo o país são 35 mil caminhoneiros que dizem perder trabalho com a liberação.
Na segunda-feira (29), caminhoneiros fecharam rodovias em cinco pontos do Alto Paraná, no Km 10 de Cidade do Leste, Km 30 de Minga Guazú, Hernandarias, Santa Rita e O’leary. Durante à tarde, cerca de 60 caminhoneiros foram em caravana até o centro de Cidade do Leste.
“No Alto Paraná os postos de combustível estão com as mangueiras estão penduradas e os caminhões que precisam vir estão todos parados”, disse Alejandro Guggiari, diretor da Apesa, informando ainda, que os caminhões que tentam deixar os bloqueios são ameaçados. “A situação afeta milhares de pessoas que precisam do combustível para trabalhar”, ressaltou.