Fonte: Acifi
Entidades da sociedade civil organizada formalizaram na sexta-feira, 26, uma representação por quebra ao decoro parlamentar e pedido de afastamento imediato do vereador Dr. Brito. O protocolo na Câmara Municipal é mais uma ação da Basta de Vergonha! – Campanha pela Moralização da Política de Foz do Iguaçu.
Encabeçado pela ACIFI (Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu), Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção Foz do Iguaçu (OAB-FI) e Observatório Social de Foz do Iguaçu (OSFI), o movimento reivindica medidas efetivas da Casa de Leis diante da prisão do parlamentar na oitava fase da Operação Pecúlio.
O documento faz um resumo da investigação promovida pela Polícia Federal e Ministério Público Federal para fundamentar três pedidos. O primeiro é configurar a quebra de decoro em razão da imagem negativa refletida na Câmara Municipal, bem como em razão da repulsa social que decorreu de prisão do vereador e da repercussão dela.
A segunda solicitação das entidades é o afastamento preventivo do Dr. Brito até que se decidam em definitivo os rumos do vereador por decisão do plenário. A terceira reivindicação é a cassação do mandato por se tratar de medida justa em proporção aos danos que a conduta do investigado trouxe ao Poder Legislativo.
Em entrevista coletiva, o presidente da ACIFI, Leandro Teixeira Costa, lembrou que a cidade vive novamente situação vexatória em nível nacional por causa de denúncias de corrupção. “Os fatos são lamentáveis e mancham a imagem do Legislativo e da cidade. Entramos com a representação com intuito de manter a moralidade e a dignidade da Câmara de Vereadores”, afirmou.
Já o presidente da OAB Subseção Foz, Valter Cândido Domingos, disse que o pedido conjunto dá continuidade à campanha Basta de Vergonha!, que não tem data para acabar. “Continuaremos a analisar todos os atos do Poder Legislativo e Executivo. Vislumbrando qualquer irregularidade, estaremos aqui de prontidão para tomar as medidas necessárias”, destacou.
A presidente do Observatório Social, Leonor Venson de Souza, frisou que é necessário prezar pela transparência e pela moralidade do poder público. “É preciso realmente resgatar a moralidade da Câmara Municipal. Não estamos fazendo pré-julgamento, mas pedimos que o vereador seja afastado até a conclusão da investigação”, ponderou.
A Câmara Municipal deve analisar o documento, composto por 11 páginas, nas primeiras sessões ordinárias de fevereiro. As entidades comunicam que acompanharão atentamente o trâmite da representação por violação ao decoro parlamentar e pedido de afastamento imediato do vereador Dr. Brito.