Um grupo de taxistas argentinos ameaçam fechar a Ponte Internacional Tancredo Neves, entre as cidades de Puerto Iguazú e Foz do Iguaçu, em protesto contra uma lei municipal que proíbe que taxistas estrangeiros busquem passageiros em Foz e levem para outro o outro lado da fronteira. A medida vale para taxistas e mototaxistas da Argentina e Paraguai.
De acordo com o superintendente do Instituto de Transportes e Trânsito de Foz do Iguaçu – Foztrans – Fernando Mariniche – os taxistas argentinos querem tratamento igual às empresas de turismo que atuam na fronteira, que possuem permissão para trazer e levar passageiros.
“Os taxistas estrangeiros, tanto argentinos quanto paraguaios, tem permissão de trazer o passageiro à Foz do Iguaçu e leva-lo de volta ao país de origem. Porém, a lei não permite que o táxi retire o passageiro em Foz e atravesse a fronteira”, explicou. O mesmo acontece com taxistas brasileiros que levam passageiros à Puerto Iguazú ou Ciudad del Este.
“O que acontecia na prática, é que amigos de outros taxistas do lado de lá, cobravam uma taxa de R$ 20 à R$ 25 para poder trazer passageiros de lá. Esse serviço, assim como os mototaxistas, tem que ser prestado pelos brasileiros. O brasileiro leva para o lado de lá, e o estrangeiro trás para o lado de lá”, disse Mariniche, ressaltando que a medida é uma questão de reciprocidade entre os trabalhadores na tríplice fronteira.
O Sindicato dos taxistas de Puerto Iguazú, disse que o taxista brasileiro não poderá passar a ponte entre os dois países. Os taxistas argentinos reclamam principalmente da proibição de poder pegar um passageiro no aeroporto de Foz do Iguaçu e levar até Puerto Iguazú.