A vacinação contra a dengue no Paraná foi prorrogada até 11 de novembro nos 30 municípios que fazem parte da campanha. A medida foi tomada pela Secretaria de Estado da Saúde com base nos baixos índices de coberturas vacinais. Esta é a terceira etapa da campanha e o objetivo desta vez é vacinar quem já tomou a primeira ou a segunda dose da vacina durante a primeira ou a segunda fase.
“Mais uma vez estamos tendo baixos índices de cobertura vacinal em grande parte das cidades com a vacina. Vamos prorrogar a campanha para dar a possibilidade de mais pessoas aproveitarem essa oportunidade e se protegerem contra uma doença que pode levar ao óbito”, esclarece o secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto.
O chefe do Centro estadual de Epidemiologia, João Luís Crivellaro, ressalta que a imunização só estará completa com as três doses da vacina. “Foram mais de 20 anos de pesquisas para desenvolver a vacina que proporciona proteção de 93% contra a dengue grave e reduz em 80% as internações pela doença, mas essa proteção só ocorre com o esquema vacinal de três doses completo”, diz.
Da população-alvo total do Estado, de 300 mil pessoas, apenas 45% foi vacinada. Até o momento, quase metade das cidades não chegaram a 50% do índice total de cobertura: Sarandi, Mandaguari, Foz do Iguaçu, Londrina, Cambé, Marialva, Ibiporã, Paranaguá, Santa Fé, Santa Terezinha de Itaipu, Jataizinho, Porecatu e São Miguel do Iguaçu.
Os municípios de Cruzeiro do Sul, Santa Isabel do Ivaí, São Jorge do Ivaí, Leópolis e Tapira foram os únicos a vacinarem mais que 80% do público-alvo. Maringá, Paiçandu, Sertanópolis, Assaí, Bela Vista do Paraíso, Munhoz de Mello, Iguaraçu, Cambará, São Sebastião da Amoreira, Boa Vista da Aparecida, Maripá e Itambaracá estão com índices entre 50% e 79%.
De acordo com Crivellaro, a queda nos casos de dengue faz com que a população já não tenha o mesmo cuidado. “Desde agosto até esta terça (23), por exemplo, tivemos 122 casos de dengue no Estado. Mesmo assim a população não deve descuidar. Além de tomar a vacina as pessoas também devem eliminar a água parada que poderá dar origem a criadouros do mosquito”, alerta.
AEN