Medidos por acertos. É assim que a banda toca. É assim que acontece. Um erro sempre pesa mais do muitos acertos.
No ano de 2017 a direção do Foz Cataratas Futsal foi muito elogiada. Para o torcedor o que fala mais alto são os resultados em quadra. Quase a totalidade desconhece a engrenagem necessária e o trabalho feito para que um jogo de 40 minutos aconteça.
Até este mês de outubro tudo ia relativamente bem. O time na disputa por uma vaga na semifinal da Liga Nacional e também buscando estar na semifinal do Campeonato Estadual.
Um erro e o fim da temporada pode ter sido determinado de forma antecipada. Erro, até certo ponto ingênuo. No âmbito profissional é difícil de digerir.
Foz Cataratas e Marreco estava marcado para o dia 10 de outubro no Ginásio Costa Cavalcanti. Troca de data na Liga Nacional inviabilizava o jogo pela série ouro na data marcada. Além disso, no mesmo dia e horário aconteceria a última rodada das eliminatórias para a Copa do Mundo, o que geraria uma concorrência ruim para o público.
Foz Cataratas e Marreco decidiram trocar a data para o dia 18. Até aí nada de anormal. Aliás, alterar data de jogos, lamentavelmente, é o mais comum. Calendário mal planejado faz remanejar datas constantemente.
O problema é que apesar de já ter em mãos desde de março todos os eventos marcados para o Ginásio Costa Cavalcanti, a direção do Foz Cataratas não consultou a disponibilidade para a data. Como estava marcado o evento internacional de Badminton, a praça esportiva não tinha como sediar o jogo de futsal.
Outro ginásio com as condições exigidas para as quartas-de-final em Foz do Iguaçu ou mesmo Santa Terezinha do Iguaçu não tem. São Miguel do Iguaçu com o Ginásio sem condições de uso. Sobrou para marcar, em cima da hora, de terça para quarta-feira o compromisso em Itaipulândia.
Isso porque a Federação Paranaense teria “cozinhado” uma resposta e a direção do Foz Cataratas foi confiando que a transferência era certa. No final a alegação de que no arbitral teria sido definido como dia 21/10 a data limite para o término da fase de quartas-de-final.
Os dirigentes máximos da Federação estiveram no final de semana anterior em Foz do Iguaçu e não conseguiram definir aqui a eventual mudança, ou mesmo que não teriam outra possibilidade a não ser usar a data que haviam marcado, no caso, quarta, 18.
O time não foi mobilizado e a derrota por 6 x 2 diante do Marreco só complica ainda mais o que já seria muito difícil, que é vencer em Francisco Beltrão neste sábado, 21, às 19h.
Na hipótese de não reverter e assim não se classificar à próxima fase, o Paranaense termina para o Foz Cataratas neste sábado. No domingo da próxima semana, 29, se não vencer em Carlos Barbosa, termina o calendário também na Liga.
Nesta eventualidade o ano terminaria em outubro para o Foz Cataratas, com prejuízos muito significativos.
A alternativa é que o grupo de jogadores faça uma espécie de pacto para superar todas as dificuldades, inclusive as ausências neste sábado de Feitosa e Canabarro, contundidos, para dar de presente à diretoria uma classificação quase improvável e assim amenizar o impacto do erro cometido para o primeiro confronto desta fase na série ouro.
Depois um segundo momento que pode marcar a história para este grupo de atletas: desbancar o Carlos Barbosa na casa deles. As duas coisas são muito difíceis. Mas é para momentos complicados que se exige o algo a mais, a superação.