Mais de 6.300 cirurgias oftalmológicas já foram realizadas na região de Foz do Iguaçu (Oeste) através do Mutirão Paranaense de Cirurgias Eletivas, realizado pelo Governo do Estado. Destaque para as cirurgias de catarata, com quase 6 mil procedimentos. O restante diz respeito a cirurgias para retirada de tecido que cresce no olho podendo afetar a visão (pterígio) e para tratar sangramento no fundo do olho (vitrectomia), cuja demanda também estava acumulada na região.
O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, que nesta terça-feira (26) acompanhou mais uma etapa do mutirão em Foz do Iguaçu, disse que o aumento significativo na oferta de cirurgias se deve ao aporte extra de recursos que o Governo do Paraná tem dado à iniciativa. “O Governo do Paraná é um dos poucos do País que aloca recursos próprios em cirurgias eletivas. Isso demonstra a nossa preocupação com a qualidade de vida das pessoas, que muitas vezes ficam anos na fila de espera do SUS”, declarou o secretário.
O próximo passo agora é avançar em outras áreas. “A partir do mês que vem, o Poliambulatório de Foz deve iniciar as cirurgias para o tratamento do glaucoma. Com isso, estamos contribuindo para que mais paranaenses voltem a enxergar após um tratamento adequado”, destacou Caputo Neto.
NO PARANÁ – Em todo o Paraná, já são mais de 35 mil cirurgias oftalmológicas pelo Mutirão do Governo do Estado. A maior parte dos pacientes é formada por idosos, mas também há casos de crianças, jovens e adultos.
Moradora de Foz do Iguaçu, Elenir Terezinha Carleto, de 47 anos, explica que desde criança teve problemas de visão, mas de uns anos para cá a dificuldade para enxergar se agravou. “Trabalho na cozinha de um colégio agrícola, onde a temperatura é muita alta. Acho que isso prejudicou ainda mais a minha vista e o médico disse que a única solução era a cirurgia”, contou ela.
Depois de operada, Elenir disse estar esperançosa com a nova vida. “A cirurgia foi um sucesso. Se Deus quiser logo vou enxergar normalmente”, comemorou a cozinheira, logo após sair do centro cirúrgico.
Quem também passou por cirurgia nesta terça-feira foi o aposentado Bernardino Ledesma, de 66 anos. Ele relata que não conseguia nem fazer atividades simples como assistir televisão. “Meus olhos lacrimejavam, parecia que eu estava chorando”. Segundo os médicos, a visão de Bernardino já estava muito prejudicada por causa da catarata avançada. “Nenhum óculos resolvia. A vista direita estava 70% comprometida e o esquerda 40%. Agora com a cirurgia, espero que melhore bastante”, disse ele.
LENTE – Na cirurgia de catarata, é substituída a lente natural do olho comprometido por uma lente artificial. O procedimento é rápido e leva menos de 15 minutos. De acordo com o coordenador da equipe de oftalmologia do Poliambulatório de Foz do Iguaçu, Roberto Cacciari Filho, o serviço é responsável, também, por dar todo suporte pré e pós-operatório aos pacientes. “Temos uma equipe extremamente qualificada e equipamentos de última geração. Isto garante a segurança e a qualidade do serviço prestado”, assegurou.
AEN