Vencer. Era a necessidade posta pelo Foz Cataratas Futsal. O jogo era de mata-mata. O adversário de grande qualificação. De grande campanha na Liga Nacional. Tinha a vantagem por ter somado mais pontos. A apreensão seria natural, pois quem errasse menos levaria a vantagem para o segundo e decisivo confronto.
Os ingredientes eram muitos. O ambiente gerado no Ginásio Costa Cavalcanti estava a favor do time da casa. Mas isso seria muito relativo. Se o time não correspondesse dentro de quadra a pressão passaria a ser contrária.
Diante desse cenário o Foz Cataratas começou propondo o jogo. Isso agradou a massa torcedora presente pois ficou com a sensação de que a qualquer momento aconteceria o primeiro gol. Menos de 2 minutos jogados e Vini quase abria o placar. William desequilibrava por uma das alas. E por 7 minutos, o que no futsal é bastante, o Foz Cataratas comandou as ações.
A partir daí o Pato Futsal conseguiu equilibrar. Na metade do primeiro tempo o Pato quase saia na frente no marcador. Na mesma jogada Elenilson dava o troco exigindo grande intervenção de Di Fanti. Por alguns momentos foi um lá e cá intenso. Gian Wolverine, restando 8.24 saiu da área para marcar Jamur e foi vencido, jogada que levou muito perigo ao Foz Cataratas, sendo defendida em baixo da trave por Canabarro.
Mas 20 segundos depois, Léo Costa roubou a bola no setor defensivo, quando Diego tentou o drible, tabelou com Elenilson e mesmo com dificuldade ao receber a bola de volta, enquadrou o corpo e chutou de perna direita fazendo com categoria o primeiro gol da noite, levando a torcida que lotava o Costa Cavalcanti ao delírio e ao alívio.
Nos minutos seguintes a equipe do Pato Futsal se desestabilizou na quadra. O Foz era superior e restando 5.59 Vini, bem posicionado, aproveitava um rebote e ampliava a vantagem para 2 x 0, em jogada que começou com bom passe de Gian, que Vini tabelou com Feitosa e depois da intervençlão de Batalha o pivô iguaçuense balançou a rede.
Até o final da primeira etapa o panorama pouco se alterou, a não ser em mais uma saída defeituosa de Gian, que Rodriguinho tentou por cobertura e a bola bateu na rede sobre a meta do goleiro do Foz Cataratas. E assim as equipes foram para o intervalo com a vantagem de 2 x 0 para o time da fronteira.
No início da segunda etapa o Pato Futsal voltou com marcação mais adiantada e se mostrava mais agressivo. Só que por conseqüência deixava o espaço para os contra ataques. E foi assim que restando 17.47 para o final do jogo, Canabarro chutou forte, contou com pequeno desvio em Jamur no setor defensivo do Pato, e a bola estufou as redes, decretando 3 x 0 para o Foz Cataratas.
Em seguida o Pato chegou com perigo através de Trentin, num erro de Venâncio. Mas o troco veio logo a seguir na cobrança de escanteio Vini quase ampliou.
E a partir desse momento o Foz Cataratas optou em jogar com posse de bola, mas em sua quadra. Com isso, e por diversos momentos sem um pivô de referência na quadra, foi atraindo o Pato Futsal e aos poucos se complicando com faltas. Algumas de interpretação da arbitragem, que havia feito um primeiro tempo excelente.
O acúmulo de faltas e o jogar garantindo o resultado foi deixando o perigo ir rondando o gol do Foz Cataratas. Até que restando 13.15 foi marcada falta, cavada por Juninho, contra o Foz Cataratas e na cobrança por Juninho que tocou para Jamur fazer 3 x 1.
Na equipe do Foz passava a dúvida: buscar o quarto gol e correr o risco de sofrer o segundo, ou segurar o jogo. A impressão deixada é que foi a segunda alternativa a escolhida. Na quadra estavam Gian, Venâncio, Canabarro, Léo Costa e Romarinho. O time trocava passes, mas a objetividade para o setor ofensivo deixou de existir. A jogada isolada passou a ser de lançamentos longos do goleiro Gian.
Restavam 6.44 para o final quando Canabarro cometeu falta dura em Neguinho, se constituindo na 5ª falta coletiva do Foz Cataratas na segunda etapa, enquanto o Pato Futsal até o momento tinha cometido apenas uma.
Restando 6.12, o erro na marcação equivocada do árbitro Clovis Danielton Bordinoski de falta de Venâncio sobre Robério, que nem mesmo o Pato Futsal reclamou no lance, se constituiu em prejuízo duplo ao Foz Cataratas. Além da 6ª falta, no tiro livre direto, Jamur deixava o placar em 3 x 2, sem chances para o goleiro João Paulo que entrou para tentar a defesa.
A apreensão tomava conta do Ginásio. Restando 5.32 Canabarro errou um passe, que o Pato Futsal através de Jamur quase aproveitou, mas a boa intervenção do goleiro Gian evitou o empate.
O técnico Luciano Bonfim pediu um único tempo técnico no decorrer de todo o jogo. Este foi quando restavam 3.04 para terminar a partida e o Pato Futsal passaria a jogar com o goleiro linha.
A tensão começou a diminuir para a torcida do Foz Cataratas quando restavam apenas 1.55 para o final. Vini dividiu no alto uma jogada com o goleiro Di Fanti, levou vantagem e Juninho por trás chutou as pernas do pivô iguaçuense. Ednei Custódio da Silva, de boa atuação na arbitragem, bem colocado não teve dúvidas em marcar a penalidade máxima. Canabarro disparou um chute forte no canto direito superior do goleiro Pablo que não teve como defender.
O placar em 4 x 2, fez com que o Pato Futsal se abrisse mais e corresse o risco de sofrer o gol ao perder uma bola com o goleiro linha. Foi o que aconteceu. Restando 58 segundos, Vini roubou a bola no erro de passe de Juninho e como o adversário estava todo no ataque, apenas chutou de longe colocando a bola na rede e decretando o placar final de Foz Cataratas 5 x 2 Pato Futsal, fazendo seu segundo gol no jogo e o 9º na Liga nacional.
Agora o Foz Cataratas joga por um empate na partida de volta para se classificar às quartas-de-final da Liga Nacional no próximo dia 30. Em o Pato Futsal vencendo o jogo no tempo normal, haverá prorrogação, onde a equipe do sudoeste tem a vantagem de jogar pelo empate por ter tido melhor campanha na primeira fase.
Fotos: Nilton Rolim