O Governo do Estado promoveu na quarta-feira (13), em Foz do Iguaçu, o encontro Paraná Investment Meeting para mostrar o potencial de investimentos do Estado para empresários e investidores. O evento ocorreu durante a Conferência Latino Americana de Investimentos (Clain) e reuniu cerca de 100 convidados, quase metade desse público formada por presidentes e vice-presidentes de empresas.
Entre as propostas discutidas está a criação de um programa de desenvolvimento para a região Oeste, envolvendo governo, Itaipu, municípios lindeiros (diretamente ligados ao reservatório da usina) e agências de desenvolvimento.
“A intenção é criar um projeto para atração de investimentos e desenvolvimento da região”, disse Adalberto Netto, presidente da Agência Paraná Desenvolvimento (APD), instituição ligada à Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral, e responsável pela realização do encontro.
De acordo com ele, o governo estadual vai lançar uma versão regional do Programa Municipal para Atração de Investimentos (PMAI), que já prepara municípios para atrair investimentos. “O nosso foco é fazer duas versões do programa com atuação regional. Um no Oeste, na região de Itaipu, e outro na região de Telêmaco Borba, para atração de empresas no polo criado pela Klabin”, explicou.
O secretário do Planejamento e Coordenação Geral, Juraci Barbosa Sobrinho, disse que o evento realizado em Foz foi importante para demonstrar a situação econômica e de infraestrutura no Estado. “Tivemos a participação de investidores e mostramos porque o Paraná vem crescendo”, enfatizou.
ENERGIA – Durante o encontro também foi realizado um painel sobre energia, competitividade e sustentabilidade, com a presença dos presidentes de Itaipu Binacional, Luiz Fernando Vianna; da Copel, Antonio Guetter; da Sanepar, Mounir Chaowiche, e da Compagas, Jonel Iurk.
“O Paraná é o Estado mais competitivo do Brasil depois de São Paulo. A infraestrutura de energia oferecida pela Copel é um grande fator de atração de empresas e investimentos, o que gera empregos e desenvolvimento”, destacou Guetter.
Uma das discussões em curso é a de como aumentar o uso de energias alternativas, como solar e biomassa, de forma confiável e competitiva e atrair investimentos no setor.
PARANÁ COMPETITIVO – Os investidores também conheceram o programa de incentivos Paraná Competitivo, que neste ano foi ampliado para setores como e-commerce, comércio atacadista e varejista. O programa também passou a permitir a utilização de créditos de ICMS para investimentos em maquinário, equipamentos e veículos.
CRÉDITOS DE ICMS – Como parte do evento, a APD promoveu uma reunião com a participação de cooperativas e as montadoras Volvo e Volkswagen sobre a possibilidade de utilização de créditos de ICMS para a compra de veículos.
“É uma iniciativa que mostra o protagonismo do Governo do Paraná em um momento em que vemos muitas dificuldades nos outros Estados. Mostra que aqui está se pensando fora da caixa”, afirmou Augusto Flores, diretor tributário da Volvo. Para ele, é uma porta aberta, que vai permitir a utilização de créditos de ICMS para a compra de matéria-prima e ativos fixos, ao mesmo tempo que vai movimentar as vendas de caminhões da empresa.
Para o presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), José Roberto Ricken, o uso de créditos de ICMS representa um avanço. “O sistema de cooperativas do Paraná investiu, por ano, em média, R$ 2 bilhões nos últimos cinco anos e se pudermos consumir produtos fabricados no Paraná com o apoio e no âmbito do Paraná Competitivo vai facilitar para nós, para o Estado e vai gerar desenvolvimento tanto no meio urbano quanto rural” disse.
AEN