Como acontece todos os anos, parte dos professores e funcionários de escolas públicas do Paraná realizaram na quarta-feira, um dia de paralisação para lembrar o 30 de Agosto de 1988, quando a Polícia Militar usou cavalos, cães e bombas de efeito moral para dispersar docentes em greve que protestavam em Curitiba. Desde então, o dia é usado para reivindicar melhorias para a classe, como o reajuste nos salários.
Segundo o Núcleo Regional de Ensino em Foz do Iguaçu, dos 65 colégios estaduais, em 27 as aulas foram dadas normalmente e em 29 parcialmente. Em apenas cinco escolas as aulas foram interrompidas parcialmente e quatro não enviaram informações. Em todo o Paraná, segundo a Secretaria de Educação, 58,8% dos colégios funcionaram normalmente, 39,6% parcialmente e que 1,6% fecharam.
Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), se reuniram com o chefe da Casa-Civil do Paraná, Valdir Rossoni, para pedir o cumprimento do reajuste anual (data-base), que este ano ficou em 8,53%.
“Todos temos que compreender que vivemos um momento de exceção na economia. Mesmo assim, o Paraná garante aos servidores que não haverá atraso no pagamento de salários, nem do 13o. e nem férias”. Os sindicalistas também solicitaram que não haja desconto da falta deste dia de trabalho e que haja reposição das aulas. “O desconto já havia sido decidido pela CPS. O pedido será levado à comissão, mas acho difícil reverter”, disse Rossoni.