Quando uma rodovia é concluída, o esperado é que o asfalto tenha uma vida útil entre 8 e 12 anos. Mas no Brasil, a pavimentação começa a apresentar buracos e rachaduras em média sete meses após a conclusão da obra.
De acordo com uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira pela Confederação Nacional do Transporte, isso ocorre porque a tecnologia usada para projetar as rodovias está defasada quase 40 anos em relação a países como Estados Unidos, Japão e Portugal. O diretor-executivo da Confederação Nacional do Transporte, Bruno Batista, comenta o que gera essa situação.
O estudo mostrou que em alguns pontos já são usados materiais modernos, como o asfalto com adição de borracha, que tem durabilidade maior, mas isso é exceção. A tecnologia usada no país não considera, por exemplo, o clima, na hora de projetar a estrada, como comenta Bruno Batista
A falta de controle sobre a qualidade dos materiais usados na construção da rodovia e de fiscalização precária na execução da obra também pioram o problema. Assim como a falta de balanças para controlar o peso dos caminhões.
Em 2016, o setor público investiu mais de R$ 8 bilhões em 54 mil quilômetros de estradas. A iniciativa privada investiu quase R$ sete bilhões em 19 mil quilômetros.
Fonte: Radio Agência Nacional