Os presidentes do Brasil, Michel Temer, e do Paraguai, Horacio Cartes, reúnem-se nesta segunda-feira (21), em Brasília, para discutir temas como a relação econômica entre os dois países, segurança na região de fronteira, a crise na Venezuela e a eliminação de barreiras ao comércio no Mercosul.
No encontro, Temer e Cartes vão avaliar os resultados das recentes operações conjuntas de combate ao crime organizado, de acordo com o porta-voz da Presidência da República, Alexandre Parola. Brasil e Paraguai tem 1.300 quilômetros de fronteira.
Outro tema que deve ser tratado pelos presidentes é a usina hidrelétrica de Itaipu, que abastece os dois países. Em 2023, a hidrelétrica termina de pagar seu financiamento de construção e acaba o obrigatoriedade de pagamento dos royalties aos municípios lindeiros ao lago, no lado Brasileiro. Do lado paraguaio, o dinheiro vai direto ao governo nacional.
Mercosul
Em relação ao Mercosul, a previsão é de que, além da questão sobre barreiras ao comércio, os presidentes abordem as negociações sobre a celebração de um acordo comercial entre o bloco e a União Europeia. O Brasil está na presidência temporária do Mercosul e o Paraguai será o próximo país a assumir o posto, no primeiro semestre de 2018.
Pela manhã, Temer recebe o presidente do Paraguai no Palácio do Planalto. Em seguida, oferece um almoço no Itamaraty a Cartes e a delegação paraguaia. Como parte da visita de Estado, Horacio Cartes será recebido na Câmara dos Deputados, no Senado e no Supremo Tribunal Federal.
Relação comercial
O Brasil é o principal parceiro comercial do Paraguai. Absorve cerca de 20% do total das exportações paraguaias e fornece aproximadamente 25% de suas importações. Entre os principais produtos exportados pelo Brasil estão adubos e fertilizantes, cervejas, fumo, fungicidas e ladrilhos/cerâmica. Já entre os importados estão o milho, trigo, material elétrico e soja.
Em 2016, o intercâmbio bilateral alcançou US$ 3,4 bilhões. Nos sete primeiros meses de 2017, o intercâmbio bilateral chegou a US$ 2,1 bilhões, o que representa alta de 19% em relação ao mesmo período do ano passado.
EBC