O projeto Palco Giratório do Sesc, chega a Foz do Iguaçu no dia 20 de agosto, apresentando o espetáculo HAMLET – PROCESSO DE REVELAÇÃO, do COLETIVO IRMÃOS GUIMARÃES, de Brasília/DF. O espetáculo acontece no CineTeatro da Uniamérica (Faculdade União das Américas) com entrada gratuita, no domingo 20 de agosto, às 20 horas.
O espetáculo
Propõe uma adaptação radical: um ator em cena, o próprio dramaturgo, Emanuel Aragão, que tenta reconstruir a narrativa de Shakespeare em um diálogo direto e aberto com a plateia. Utilizando dispositivos geradores de materialização de presença, em diálogo direto com a performance art, recurso muito presente na trajetória do Coletivo Irmãos Guimarães, o espetáculo busca a concretização cênica do percurso trágico da personagem de Shakespeare. Ou seja, uma junção, in loco da dimensão do performer à dimensão da personagem presente na fábula. A busca pela resposta à uma pergunta fundamental: é possível que, na cena, o ator/performer atravesse, de fato, a trajetória da personagem?
O grupo
Adriano e Fernando Guimarães, desde 1989, constroem trabalhos em teatro, performance, artes visuais e dança. Ganharam o Prêmio Questão de Crítica 2012 de Melhor Elenco, com o espetáculo Nada – Uma Peça para Manoel de Barros, e o Prêmio Shell 1996 de Melhor Direção, com a peça Dorotéia. No teatro, dirigiram mais de 40 espetáculos e seus trabalhos com performance já foram apresentados no Brasil e no exterior. A importância da atuação do Coletivo pode ser pensada a partir da ressonância na cena cultural brasileira, medida pela construção de profícuas parcerias ao logo de sua trajetória, em projetos que contaram com a colaboração de Stanley Gontarski, Vera Holtz, Luiz Melo, Bárbara Heliodora, José Miguel Wisnik, Helena Katz, Fábio de Souza Andrade, Luiz Fernando Ramos, André Lepecki, Eleonora Fabião, Gerardo Mosquera, Daniela Bousso, Paulo Miyada, Cecília Salles, Gerd Bornheim e Ana Miguel – para citar alguns.
O projeto
Em 2017, o Palco Giratório completa 20 anos de uma sólida trajetória que marca o desenvolvimento das artes cênicas no Brasil. Desde 1998 – ano de sua criação – o Palco Giratório concretiza o que ainda se constitui em um grande desafio para as artes cênicas: o intercâmbio e a difusão de espetáculos. Embora seja um projeto pautado na difusão, não se encerra na pura apresentação de trabalhos: constitui uma formulação de pensamento, de reflexão e conhecimento ao atrelar apresentação de espetáculos, oficinas, intercâmbios e debates. Com uma curadoria única no Brasil composta por trinta e quatro profissionais do Sesc oriundos de todos os estados brasileiros, a programação do Palco Giratório configura um panorama singular das artes cênicas.