A Operação denominada Hammer-on, desencadeada na manhã desta terça-feira (15) pela Polícia Federal e Receita Federal, cumpriu 19 mandados de prisão preventiva e busca e apreensão em residências e empresas de casa de câmbio de Foz do Iguaçu.
Além de Foz do Iguaçu foram expedidos mandados em Curitiba, Almirante Tamandaré, Piraquara, São José do Pinhais, Assis Chateaubriand e Renascença. Ao todo, foram 153 mandados em cidades do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo. Dos mandados, dois são de prisão preventiva, 17 são de prisão temporária, 53 são de condução coercitiva e 82 de busca e apreensão.
Em Foz, foram presos preventivamente os empresários Jackson Gavazzoni, Taiwan Gerhardt e Twrone Gerhardt, todos ligados à casas de câmbio. Outros nomes ainda não foram divulgados. A informação é do G1.
De acordo com a Polícia Federal, as empresas controladas pela organização criminosa movimentaram mais de R$ 5 bilhões entre os anos de 2012 e 2016. As investigações começaram em 2015, com foco em um grupo criminoso composto de cinco núcleos interdependentes que utilizavam contas bancárias de várias empresas, em geral, fantasmas, para receber valores de pessoas físicas e jurídicas interessadas em adquirir mercadorias, drogas e cigarros provenientes do exterior, especialmente do Paraguai.
O dinheiro era creditado nas contas das empresas controladas pela organização criminosa e, em seguida, enviado para o exterior de duas maneiras:
(1) usando-se o sistema internacional de compensação paralelo, sem registro nos órgãos oficiais, mais conhecido como operações dólar-cabo;
(2) por intermédio de ordens de pagamento internacionais emitidas por algumas instituições financeiras brasileiras, duas destas já liquidadas pelo Banco Central. Essas ordens de pagamento eram realizadas com base em contratos de câmbio manifestamente fraudulentos, celebrados com empresas “fantasmas” que nem sequer possuíam habilitação para operar no comércio exterior.
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