Os chanceleres do Mercosul – bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai – decidiram suspender a Venezuela do grupo por “ruptura da ordem democrática”. A decisão foi aprovada neste sábado (05) por unanimidade durante reunião realizada em São Paulo.
Segundo o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, o Brasil e os demais integrantes do Mercosul vão lutar em todos os fóruns internacionais para que a Venezuela restabeleça a ordem democrática.
“Demos uma sanção de natureza política. Ainda que a Venezuela venha a cumprir todos os requisitos e acordos do Mercosul, mas não tenha restabelecido a democracia, o país permanecerá suspenso”, afirmou o ministro durante entrevista à imprensa.
Ele lembrou que essa não foi a primeira vez que a Venezuela foi suspensa. Em dezembro do ano passado, o país sofreu uma sanção por não cumprir acordos fechados com o Mercosul e a nação que não executa esses tratados pode ser suspensa. Além da ruptura democrática, a Venezuela continua sem cumprir acordos.
Reunião em São Paulo
Os integrantes do Mercosul estiveram reunidos na manhã deste sábado (05) em São Paulo e tomaram a decisão com base no Protocolo de Ushuaia. O compromisso assinado em 1998 inclui uma cláusula democrática que pode levar à suspensão política de um país do bloco. O Brasil ocupa, atualmente, a presidência do Mercosul.
Na sexta-feira (04), o ministro Aloysio Nunes, no Twitter, afirmou que o Brasil iria pedir a suspensão da Venezuela do Mercosul. “É intolerável que nós tenhamos no continente sul-americano uma ditadura. Houve uma ruptura da ordem democrática na Venezuela”, disse. “E, por consequência, o Brasil vai propor que ela seja suspensa do Mercosul até que a democracia volte”, completou.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Itamaraty e da Agência Brasil