O juiz da 5° Vara Federal, Edilberto Barbosa Clementino, decidiu na segunda-feira (10) pela reabertura das investigações sobre a morte do vendedor Ademir da Costa Gonçalves, que morreu em fevereiro deste ano durante uma abordagem da Receita Federal, na aduana brasileira da Ponte Internacional da Amizade, em Foz do Iguaçu.
O juiz observou que a análise particular mostrou resultado diferente do laudo oficial divulgado após investigação da Polícia Federal. Assim, a justiça reabre o caso, pedindo que o delegado-chefe da Polícia Federal em Foz do Iguaçu afaste o delegado responsável pela investigação feita até o momento e outro seja indicado no lugar, além da exumação do corpo e realização de outro exame toxicológico.
“Decido no caso em tela, em que pesem as diligências realizadas pelas autoridade policial e pelos peritos oficiais estarem finalizadas, insurgem-se os filhos de Ademir acerca do arcabouço probatório levantado pela investigação policial e, consequentemente, às conclusões a que chegaram a Delegacia de Polícia e Parquet Federal”, diz um trecho da determinação do juiz.
O juiz explica ainda, que o afastamento do delegado não se trata de um equívoco nas investigações, mas sim, para resguardar o responsável e esclarecer dúvidas apresentadas pela família. O advogado Wilson Neres, da defesa da família de Ademir, se manifestou dizendo que os evolvidos não estão à procura de culpados, mas de uma conclusão satisfatória para o caso.
Após o laudo técnico divulgado pela Polícia Federal, apontando a causa da morte por asfixia causada por intoxicação exógena ocasionada pela ingestão de fármacos, o Ministério Público Federal decidiu arquivar o caso. Como o laudo particular encomendando asfixia direta e indireta e não por intoxicação exógena, a defesa pediu a reabertura do caso.
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