O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), divulgou uma projeção populacional para cada um dos 399 municípios do estado, até 2040. A estimativa tem como base o ano de 2017 e aponta para o aumento da população idosa e diminuição de jovens.
De acordo com o estudo, o Estado do Paraná deve chegar até 2040, com om 12,2 milhões de habitantes, um aumento de 7,8%. Estimativa do IBGE de 2015, mostrou o Paraná com 11.242.720 habitantes, sendo o sexto estado com maior número de moradores no país.
Foz do Iguaçu
O estudo mostra que dos 223 municípios que perdem população, 142 têm até 10 mil habitantes e 62 têm de 10 mil a 20 mil habitantes. Foz do Iguaçu, segundo o Ipardes, deve chegar à 2040, com 219,207 mil habitantes, um diminuição de 15.6%. Em agosto de 2016, o IBGE apontou a cidade como a sétima mais populosa do Paraná, com 263.915 habitantes.
Paraná
A população de 0 a 14 anos deve passar de 20,8% em 2017 para 14,6% do total do Estado. A população idosa, por sua vez (65 anos e mais) passa de 9,2% para 19,9% no período.
QUEM GANHA E QUEM PERDE – As projeções indicam, até 2040, perdas populacionais em 223 municípios, em paralelo a ganhos em 176 cidades. Dos 223 municípios que perdem população, 142 têm até 10 mil habitantes e 62 têm de 10 mil a 20 mil habitantes.
“É preciso notar, porém, que a perda de população não quer dizer perda de dinamismo econômico. Juntos, esses 204 municípios representam 38,6% do PIB agropecuário do Estado”, diz o diretor de pesquisas do Ipardes, Daniel Nojima,
Do lado dos 176 municípios que ganham população, 61 têm menos de 10 mil habitantes; 47 possuem 10 mil e 20 mil, e 37 entre 20 mil e 50 mil. O número de cidades com mais de 100 mil habitantes passa de 18 para 24 em relação ao ranking de 2010. Passam a integrar esse grupo, cidades como Cambé (108.452), Francisco Beltrão (108.017), Sarandi (107.880), Fazenda Rio Grande (148.617), Cianorte (107.224) e Piraquara (162.122).
GRANDES CIDADES – Entre as grandes cidades, Curitiba alcançará 1,95 milhão de habitantes em 2040, seguida por Londrina (628.600), Maringá (552.686), São José dos Pinhais (469.573), Ponta Grossa (386.947) e Cascavel (377.664).
As projeções ainda indicam uma maior concentração populacional na região de Curitiba e de Londrina e Maringá.
O estudo estima um aumento da participação da mesorregião de Curitiba, que em 2010 representava 33,5% do total da população no Estado, e em 2040 deverá representar 36,6%. Já a mesorregião do Norte Central Paranaense deve passar, na mesma base de comparação, de uma participação de 19,5% para 20,6%.
POLÍTICAS PÚBLICAS – Os resultados são importantes para subsidiar o planejamento de políticas públicas, enfatizou Nojima. “O Paraná já tem uma população mais envelhecida que a média brasileira. Certamente o perfil do mercado de trabalho vai ter que mudar. Teremos implicações tanto para o setor educacional quanto para saúde pública, questões que precisarão ser pensadas para um planejamento futuro”, afirma.
A professora Raquel Guimarães, do departamento de economia da Universidade Federal do Paraná, que participou do trabalho, explica que as projeções do Ipardes levam em conta componentes demográficos como o estoque de população, nascimentos, óbitos e os saldos migratórios.
“O Paraná está em uma situação de estabilidade. O Estado, assim como Santa Catarina, é, de certa forma, pioneiro no País em envelhecimento da população. Enquanto algumas unidades da federação ainda estão passando por esse estágio de transição demográfica, o Paraná já tem esse cenário mais consolidado. Isso gera uma demanda de política pública não mais prioritariamente dedicadas aos mais jovens e crianças”, diz.
Reportagem e imagem: Dante Quadra.
Fonte: Ipardes.