O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) realiza na manhã desta quarta-feira (5), uma etapa da Operação Esculápio, que investiga irregularidades em pagamentos de médicos em Foz do Iguaçu, de empresas que prestavam serviços a rede pública de saúde. Foram cumpridos oito mandados de condução coercitiva, 12 mandados de busca e apreensão, além da prisão de um médico por porte ilegal de arma de fogo. As investigações começaram em 2015.
Além de Foz do Iguaçu, foram cumpridos mandados em Santa Terezinha de Itaipu e São Miguel do Iguaçu, no Oeste paranaense, e nas cidades de Balneário Camboriú e Joinville, em Santa Catarina.
A investigação teve início em meados do ano passado e tem por objeto o pagamento irregular de horas médicas a profissionais vinculados a três unidades de saúde de Foz do Iguaçu (UPA Morumbi, PA Morumbi e Hospital Municipal), bem como desvios de verbas públicas em pagamentos realizados a médicos contratados pelo poder público municipal e a empresas intermediárias contratadas pela administração pública.
Os nomes dos envolvidos e conteúdo das apreensões ainda não foram divulgados. Investigadores do Gaeco deverão dar mais informações em coletiva de imprensa ainda nesta quarta-feira.
Em julho de 2016, o Gaeco cumpriu quatro mandatos de busca e apreensão e outros de condução coercitiva. Dois deles em residências de dois ex-servidores da prefeitura de Foz: uma ex-diretora da Secretaria de Saúde e um ex-coordenador de Urgência e Emergências da UPA e PA Morumbi. Na época, o delegado Marcos Araguari informou que, segundo a investigação, alguns profissionais estariam recebendo valores em dinheiro de servidores públicos pela prestação de serviços.