A Justiça Federal ouviu na segunda-feira (12) mais nove testemunhas de defesa convocados pelo ex-prefeito Reni Pereira, réu na Operação Pecúlio. Ao final, Reni reiterou a inocência, dizendo que desde a primeira audiência com os delatores, de 11, seis não colocaram qualquer suspeita sobre ele.
“Os delatores até agora não apresentaram prova nenhuma e os que apresentaram foram fraudadas.
Eu acredito na Justiça e se a Justiça fizer um julgamento com base em provas, eu serei absolvido, porque não existem provas do que não aconteceu”, disse.
Reni falou ainda, sobre a opinião popular e entende que existe hoje o período de pó-verdade, onde as pessoas julgam pela simples denúncia. “Estamos vivendo um momento da pós-verdade, onde as pessoas não se interessam tanto pelo falto, se o fato ocorreu ou não ocorreu”.
Para o ex-prefeito, parte das acusações em que responde, foram criadas pela oposição, logo após ganhar as eleições municipais, em 2012. “A cidade saiu dividida da minha eleição e a oposição montou um jornal factoide, e criou várias situações hipotéticas que pautaram as investigações. Muitos delatores foram no embalo e criou-se muita fantasia”, disse.
Perguntado se errou, Reni disse que cometeu o erro de não continuar “cercado” de pessoas de sua confiança. Segundo ele, foi convencido que precisa de pessoas de Foz do Iguaçu e não de outras cidades. “Errei talvez em não ter me cercado e tinha me cercado no começo, mas alguém fez toda uma tramoia no começo, de não poder trazer pessoas de fora, que tinam que ser de Foz. E uma delas foi o Carlos Juliano Budel”, afirmou.