A Itaipu Binacional participa em Paris, entre 12 e 15 de junho, da 29ª sessão do Conselho Internacional de Coordenação do Homem e da Biosfera, do Programa MaB – Man and the Biosphere (MAB – ICC), da Unesco. A delegação da usina defenderá no evento a participação de Itaipu na rede mundial de reservas de biosfera, que são áreas voltadas à pesquisa cooperativa, à conservação do patrimônio cultural e à promoção do desenvolvimento sustentável.
A delegação de Itaipu, formada pelos diretores-gerais brasileiro e paraguaio, Luiz Fernando Vianna e James Spalding, o diretor de Coordenação do Paraguai, Pedro Domaniczky Lanik, e o assessor do diretor-geral, Paulo Maranhão, vai apresentar as ações e programas ambientais e de sustentabilidade desenvolvidos pela empresa, tanto internamente quanto na sua área de atuação, que compreende 29 municípios do Oeste do Paraná.
Já reconhecida e premiada pela ONU por sua atuação socioambiental, em especial pelos cuidados com a água, a usina de Itaipu poderá ser “a primeira hidrelétrica incluída na rede mundial de reservas da biosfera”, diz o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Luiz Fernando Vianna.
Atuação
Além de manter reservas e refúgios ambientais, a Itaipu atua para garantir a sustentabilidade também no seu entorno, com a difusão da aquicultura e piscicultura no reservatório, por exemplo, e o apoio às práticas de produção agropecuária menos agressivas ao meio ambiente. Já alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, patrocinados pela ONU, Itaipu e seu entorno se credenciam a ser uma das novas áreas que o Programa MaB da Unesco selecionará para fazerem parte da Rede de Reserva da Biosfera Mundial.
Com a inclusão nessa rede, a usina poderia não apenas participar e se beneficiar do compartilhamento de pesquisas das outras reservas espalhadas pelo mundo, como fortaleceria seu papel político e institucional na região, o que favoreceria o desenvolvimento de programas e projetos para uma visão de futuro comum, tendo o desenvolvimento sustentável como horizonte.
O Conselho Internacional do MaB é composto por 34 estados membros da Unesco, eleitos pela conferência geral da entidade. Criado para facilitar a cooperação científica internacional sobre as interações entre o homem e seu meio, o programa foi lançado em 1971 e é resultado da “Conferência sobre a Biosfera”, realizada pela Unesco, em setembro de 1968, também em Paris.
Itaipu ambiental
A delegação de Itaipu vai mostrar, por exemplo, que a empresa mantém oito reservas e refúgios biológicos localizados no Brasil e no Paraguai. A área protegida, que inclui mata nativa e trechos de reflorestamento, soma 41 mil hectares. Juntamente com a área da faixa de proteção, o total de áreas protegidas pela binacional chega a cerca de 105 mil hectares em ambos os países. É a garantia de preservação para espécies animais e a flora ameaçadas pela ação predatória do homem.
No Brasil estão os refúgios biológicos Bela Vista (1.920/ha) e Santa Helena (1.482/ha), enquanto o Paraguai administra as reservas biológicas Itabó (15.208/ha), Limoy (14.828/ha), Carapá (3.250/ha), Tati Yupi (2.245/ha) e Yui Rupá (750/ha).
No Paraguai, onde são executadas ações ambientais semelhantes às desenvolvidas na margem brasileira, a Itaipu Binacional é responsável pela execução do programa Paraguay Biodiversidad, com recursos aprovados pelo governo paraguaio junto ao Fundo para o Meio Ambiente Mundial (GEF), do Banco Mundial. O objetivo é conservar a diversidade biológica e promover o uso sustentável da terra.
Energia para todos
É a segunda vez que o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Luiz Fernando Vianna, há dois meses no cargo, participa de um evento internacional relacionado à sustentabilidade. Em abril, ele e o diretor-geral paraguaio estiveram no Fórum Energia Sustentável para Todos (Sustainable Energy for All – SEforALL), em Nova York, que reuniu mais de mil representantes de alto nível, de governos, empresas, sociedade civil e organizações internacionais.
Com o tema “Going Further, Faster – Together” (Indo mais longe, mais rápido – juntos), o fórum serviu para facilitar o intercâmbio, investimentos e parcerias no auxílio na execução do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 7, que é garantir acesso a energia barata, confiável e sustentável para todos.
Os diretores tiveram também reuniões bilaterais com representantes de organismos ligados à ONU, em especial Juwang Zhu, diretor de Desenvolvimento Sustentável, e Iván Vera, chefe da Divisão de Água, Energia e Desenvolvimento de Capacidade, ambos do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas.
Assessoria