Voltaram ao trabalho esta semana os sete agentes da Polícia Nacional do Paraguai, afastados após suspeita de participação no mega-assalto à empresa de transporte de valores Prosegur, em abril deste ano, em Cidade do Leste. Os policiais eram investigados após números de telefone serem encontrados com o suposto chefe de logística do Primeiro Comando da Capital (PCC).
A Polícia Nacional informou que não foi encontrada nenhuma prova que comprometa os policiais. Alberto Barreto Gullón foi preso em Hernandárias, em março deste ano, após serem encontradas provas da participação dele na organização do crime, considerado o maior do país. Durante a operação de captura, foram encontrados vários chips de linhas telefônicas, que a perícia constatou ligações para os números de sete policiais, de diferentes pontos de trabalho no departamento de Alto Paraná.
O chefe de relações públicas da Polícia, Augusto Aníbal Lima, explicou que os sete agentes foram até o comando da Polícia Nacional em Assunção para dar explicações obre o caso e que nada comprometedor foi encontrado e que eles já estão em seus postos de trabalho.
O assalto à transportador teve repercussão mundial e é considerado o maior roubo da história do Paraguai, onde foram levados 11.720.255 de dólares. Durante o crime, a entrada do prédio, no Km 4 de Cidade do Leste, foi explodido. Na fuga dez carros foram incendiados e um policial foi morto em confronto. A demora na chegada de reforço policial no assalto é tema de polêmica na imprensa paraguaia.