Ouça a entrevista exclusiva com Reni Pereira:
Na segunda-feira (29), a Justiça Federal começou a série de outivas com as testemunhas de defesa dos réus da Operação Pecúlio, que investiga um suposto esquema de desvio de verbas em obras de mobilidade e na Saúde de Foz do Iguaçu. Entre os depoentes, estavam os convocados pelo ex-prefeito Reni Pereira. Ao todo, a defesa de Reni chamou 107 testemunhas, das quais 77 foram aprovadas pela Justiça. As audiências de defesa devem acontecer até o dia 7 de agosto.
A o juiz Pedro Carvalho Aguirre Filho e os promotores federais iniciaram a audiência às 13h30 e seguiram até às 18h30. No fim dos questionamentos, Reni Pereira falou à reportagem da Rádio Cultura, dizendo que ao longo das investigações a defesa não pode questionar os acusadores e negou mais uma vez, qualquer envolvimento no suposto desvio de dinheiro público.
“Percebemos que mais da metade dos delatores que falaram a verdade, disseram que não havia envolvimento da minha pessoa. Então, tem muitas coisas que foram delatadas, até para buscar a aprovação do acordo de deleção, que a defesa questionou na sexta-feira e que não são crimes”, disse Pereira.
Obras
Sobre as denúncias de superfaturamento em obras de asfalto, Reni se defende dizendo que as medições são feitas pelas empresas e fiscalizadas pela Caixa Econômica Federal. “São as empresas que fazem a medição e mandam pra prefeitura e o prefeito só faz o encaminhamento para a Caixa Econômica, que vem fiscalizar. Então é impossível ter ocorrido superfaturamento, sem ter a conivência da Caixa Econômica”, disse.
Mensalinho
Sobre a denúncia de compra de apoio pela prefeitura à 12 vereadores da legislação passada, Reni é claro em dizer que não existiu nenhum “mensalinho”. “Os vereadores tinham demandas de seus bairros, muitas vezes de pessoas que os apoiavam, o que é normal numa relação política. Mas mensalinho não foi pago. A não ser o mensalinho que recebiam de salário da Câmara. Mas a cidade de Foz do Iguaçu sabe quem é que criava dificuldade para vender facilidade”, finalizou.