O presidente do Paraguai, Horacio Cartes, reuniu-se em Assunção com os diretores gerais da Itaipu Binacional, Luiz Fernando Vianna (Brasil) e James Spalding (Paraguai), para discutir alguns cenários de futuro para os dois países, que incluem projetos estratégicos da usina.
O encontro foi nesta quinta-feira (25), no Palácio do Governo. Na capital paraguaia também ocorreu a milésima Reunião da Diretoria Executiva de Itaipu, com a participação de todos os diretores das duas margens da usina, na sede da binacional.
Esta foi primeira visita oficial de Vianna à residência presidencial paraguaia desde que ele assumiu a diretoria-geral brasileira da binacional, há dois meses. Antes disso, no fim de março, o presidente e o diretor já haviam se encontrado na inauguração da fábrica da Estrela, na Zona Franca Global, em Ciudad del Este.
Luiz Fernando Vianna, que é engenheiro eletricista com mais de 30 anos dedicados ao setor elétrico, comentou que o encontro com o presidente paraguaio foi uma oportunidade de debater temas estratégicos para o desenvolvimento dos dois países, sócios na usina binacional. Entraram na pauta a revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu e a modernização das unidades geradoras.
O diretor-geral brasileiro ressaltou o aspecto positivo da binacionalidade da empresa e disse que há um grande alinhamento, nos dois lados da usina, entre os temas de maior interesse. Para ele, essa sinergia garante segurança para o encaminhamento de projetos em comum.
“Na Itaipu encontrei um corpo técnico altamente qualificado; uma empresa de referência internacional, que reflete o bom relacionamento entre Brasil e Paraguai”, disse.
Em relação ao Anexo C, que será revisto em 2023, Vianna considerou que os estudos entre brasileiros e paraguaios devem trazer vantagens para ambos os países. “Temos que manter o que já conquistamos e colocar em prática projetos que beneficiem Brasil e Paraguai”, afirmou.
Ele aproveitou para mais uma vez lembrar que o Anexo C é o que prevê o repasse de royalties pela produção de energia elétrica, mas que a revisão não acabará com este pagamento. “Enquanto Itaipu gerar energia, haverá pagamento do recurso hídrico, que se reverte em investimentos em saúde, educação e qualidade de vida para toda a população do seu entorno”.
Já em relação ao projeto de atualização tecnológica das unidades geradoras, a modernização garantirá a sustentabilidade operacional da usina para as próximas décadas.
Itaipu é a maior usina hidrelétrica em geração de energia elétrica do mundo. Em 2016, conquistou a marca inédita de mais de 103 milhões de megawatts-hora (MWh).
JIE