O ex-prefeito Reni Pereira participou na tarde de segunda-feira (22) da primeira audiência com testemunhas de acusação da Operação Pecúlio, que investiga o suposto esquema de desvio de dinheiro entre a prefeitura de Foz do Iguaçu e empreiteiros, de obras com verbas do governo federal. Os depoimentos aconteceram na sede da Justiça Federal, em Foz do Iguaçu.
O Ministério Público Federal acusa o ex-prefeito de liderar uma organização criminosa na cidade, envolvendo políticos, funcionários públicos e empresários. Reni Pereira passou a responder para a Justiça Federal em Foz, após perder o direito ao Foro Privilegiado em janeiro deste ano. Até então, Reni respondia no Tribunal Regional Federal, em Porto Alegre.
Reni estava acompanhado de quatro advogados de defesa. O primeiro a depor foi o advogado do empresário Nilton Beckers, que teria sido procurado por Egídio Arguero, advogado de Reni Pereira. Arguero teria pressionado Beckers a não citar o nome do ex-prefeito durante os depoimentos. A defesa de Reni Pereira disse que está desconstruindo as acusações.
Outra testemunha, a procuradora do município Claudia Canzi, disse que Reni à procurou para pedir um parecer ilegal para contratação de advogados, o que seria proibido pelo Tribunal de Conta do Estado. Ao todo, falaram seis testemunhas de acusação, três policiais federais, um policial civil, um advogado e uma procuradora jurídica da prefeitura.
A próxima audiência com testemunhas de acusação da Operação Pecúlio está marcada pra a próxima sexta-feira (26).