Um grupo de cerca de 30 pessoas se manifestaram na quarta-feira (3) contra uma operação montada na aduana paraguaia da Ponte Internacional da Amizade, que pretende coibir a entrada de mercadorias ilegais vindas do Brasil. Tratados como contrabandistas, as autoridades vizinhas aumentaram a fiscalização para coibir o contrabando principalmente de frango.
A fiscalização da Vigilância Sanitária começou após pressão da Associação de Avicultores do Paraguai (Avipar), que se sentem prejudicados com a entrada e comercialização ilegal do produto brasileiro. Parte dos manifestantes são motociclistas, que trabalham trazendo a mercadoria de Foz do Iguaçu para Cidade do Leste.
O manifestante Mario Aguero, argumentou que as pessoas querem apenas trabalhar e pede uma solução para o empasse. Os “contrabandistas” de frango argumentam que os agentes aduaneiros deixam passar livremente os grandes contrabandos e perseguem os pobres, que não tem outra opção de trabalho.
O jornal Diário Vangurdia, de Cidade do Leste, contou que existe duas formas para passar as mercadorias perecíveis do Brasil, como já mostrou em vídeo em reportagens anteriores, por motocicleta e vans. Nos dois casos, a passagem pela aduana paraguaia se dá mediante pagamento de propina. As vans pagam aos agentes aduaneiros, enquanto os motociclistas aos militares da Marinha.