O juiz Pedro Aguirre Filho, da 3ª Vara Criminal da Justiça Federal em Foz do Iguaçu, manteve o recebimento da denúncia feita pelo Ministério Público Federal, contra 98 réus da Operação Pecúlio, que investiga um suposto esquema de desvio de dinheiro público da prefeitura, que beneficiaria políticos e empresários. As defesas haviam pedido absolvição sumária dos réus.
A decisão aconteceu em resposta a pedidos feitos por advogados de defesa de investigados na 5° e 6° fase da Operação Pecúlio, denominadas de Nipoti 1 e 2, em dezembro do ano passado, quando foram presos 12 vereadores da cidade, além de empresários e funcionários públicos.
Entre os denunciados estão o ex-prefeito Reni Pereira e os cinco vereadores reeleitos em outubro do ano passado, que foram presos e soltos, mas que continuam afastados das funções do legislativo por determinação da Justiça. Tanto o ex-prefeito, quando os vereadores, alegam inocência.
A Justiça marcou o início das audiências para a partir do dia 15 de maio, no auditório da Delegacia da Polícia federal em Foz do Iguaçu. O Ministério Público Federal intimou 502 testemunhas de acusação.
Além do processo na Justiça Federal, os vereadores ainda são investigados em um Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada este ano na Câmara de Vereadores de Foz do Iguaçu, para investigar a denúncia de quebra de decoro parlamentar. A denúncia leva em conta a imagem da cidade divulgada de maneira negativa em todo o país, após a prisão dos cinco vereadores reeleitos.