Os efeitos da corrupção no Sistema Único de Saúde (SUS) em Foz do Iguaçu foi tema de uma audiência pública realizada na tarde de terça-feira (12) pelo Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público Estadual (MP-PR). A audiência realizada no auditório da Delegacia da Polícia Federal teve quase quatro horas de duração e contou com a presença da sociedade civil, entidades, como Conselho Municipal de Saúde, direção do Hospital Municipal Germano Lauck, Secretaria Municipal de Saúde, vereadores, além do vice-prefeito eleito Nilton Bobato.
As denúncias apresentadas pelos promotores federais e estaduais fazem parte do esquema de desvio de dinheiro durante a gestão do ex-prefeito Reni Pereira, e investigado pela Polícia Federal e Ministério Público Federal, na Operação Pecúlio. os procuradores também ressaltaram a má gestão de recursos públicos, que causaram prejuízos ao município.
A procuradora federal, Daniela Sita, ressaltou ainda, programas com verba disponibilizada pelo Ministério da Saúde, onde a prefeitura aceita o compromisso de gerir, mas que não é aplicado. Nesse caso, a promotora citou como exemplo o programa “Crack é Possível Vencer”, onde a verba veio para o município, mas o projeto não funcionou. “Te que aderir esses programa quando realmente tem condições de colocar em funcionamento”, disse.
Sobre parceria público privada (PPP), Daniela Sita lembrou do pedido do município em proibir essas parcerias nas áreas de urgência e emergência, no Hospital Municipal Germano Lauck. Caso os próximos gestores tentem fazer esse tipo de parceria, poderá ser penalizado com multa de mil reais por dia.
O vice-prefeito eleito Nilton Bobato, se comprometeu, em nome do prefeito eleito Chico Brasileiro, que o novo governo dará maior transparência na gestão do SUS. A posse do prefeito e vice acontece no dia 1° de maio.