A penas foi aumentada em oito anos, por dois agravantes: motivo torpe, que não permitiu a vítima reagir e a crueldade do crime. O advogado de Jeferson, Fabio Alexandre Sombrio, disse que o acusado recebeu uma condenação pelo crime que cometeu. “A defesa não se surpreendeu com o resultado”, disse.
Colegas e professores de Matina acompanharam o julgamento, realizado no auditório da Polícia Civil, em Foz do Iguaçu. Ao lado de fora, os amigos fizeram vigília, por uma sentença que fizesse justiça à vítima. A mãe de Matrina acompanhou todo o julgamento,
Crime
Martina foi vista pela última vez no dia 2 de março de 2014, logo após ter se apresentado no carnaval da cidade com o grupo de maracatu. Após seu desaparecimento, amigos, familiares e a comunidade universitária se mobilizaram para tentar localizá-la, mas o corpo da jovem foi encontrado apenas no dia 6 de março.
Imagens da câmera de segurança do prédio onde Martina foi encontrada denunciaram o acusado, que acabou, posteriormente, confessando o crime.
O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) apontou que a estudante morreu em decorrência de asfixia mecânica provocada por “estrangulamento e enforcamento por fio elétrico”. O acusado será julgado por homicídio qualificado.
Após encontrar o corpo da estudantes, a polícia iniciou as investigações, descobrindo que o principal suspeito pelo assassinato era Jeferson Diego Gonçalves. Foragido, a polícia começou uma busca por toda a região.
Jeferson foi encontrado cinco dias depois andando pela BR 277, Nova Laranjeiras (PR). Preso, Jeferson contou em primeiro depoimento à polícia, que matou a estudante para um “sacrifício espiritual”. Na época, o delegado do caso, Marcos Araguari, disse que o depoimento, que durou três horas, era cheio de contradições.