O empresário Nilson Umberto Sacchelli Ribeiro, um dos investigados na Operação carne Fraca e que se entregou na delegacia da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, na tarde de terça-feira (21). Ribeiro era considerado foragido da Justiça desde a sexta-feira passada, quando foram cumpridos os mandados de prisão.
O advogado Alexandre Crepaldi, que acompanhou Ribeiro até a Polícia Federal, afirmou que o empresário não pretendia fugir e compareceu à sede da polícia em Foz do Iguaçu porque estava na região, tratando de negócios. Ribeiro será transferido para a sede da Polícia Federal em Curitiba, ainda nesta quarta-feira (22).
“Resolveu de livre e espontânea vontade se entregar. Ele alega que foi vítima de extorsão por parte de um funcionário do Ministério da Agricultura. Portanto, não houve nenhum tipo de pagamento ou vantagem indevida”, disse a defesa.
Nilson Umberto Sacchelli Ribeiro é suspeito de pagar R$ 350 mil em propina para fiscais do Ministério da Agricultura do Paraná, em troca de uma licença para abate de carne de cavalo no frigorífico Oregon.
O advogado explicou que seu cliente não é dono do frigorífico investigado, mas sim, da empresa chamada Frigobeto, que presta serviços ao frigorífico investigado na Operação. “Frigoberto, apesar do nome, não é frigorífico, não abete carne, apenas comercializa e exporta. A responsável pelo abate é a Oregon”, disse.
O pai de Nilson Alves Ribeiro também teve prisão decretada, mas como vive na Itália, não se entregou e também é considerado foragido.
Uma da alegações da suspeita de fuga de Nilson Umberto Sacchelli Ribeiro, é uma passagem comprada para a Itália. O advogado explica que a passagem está comprada há mais de 30 dias e seria para viajar em maio ou junho, para assistir uma apresentação da banda Kiss.
Dante Quadra/Rádio Cultura Foz