Em 2011, a prefeitura de Foz do Iguaçu conseguiu, por meio do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), a instalação de 120 câmeras de monitoramento administradas pela Guarda Municipal e utilizada pelos órgãos de segurança presentes no município, como Polícia Civil, Polícia Federal e Polícia Militar. O investimento na época foi de R$ 5 milhões.
Em 2014, às câmeras começaram a apresentar problemas de conexão, fazendo com que as imagens não chegassem até a sala de monitoramento, instalada na sede da Guarda Municipal. Na época, o gasto anual da prefeitura para a manutenção dos equipamentos era de R$ 600 mil.
No final de 2015, a prefeitura abriu licitação para que uma nova empresa realizasse o serviço de manutenção das câmeras.
Nesta quarta-feira (16), em entrevista à Rádio Cultura, a controladora geral do Município, Marizete dos Santos, contou que das 126 câmeras que estão instaladas em diferentes regiões da cidade, apenas sete estão em funcionamento. Mesmo não funcionando, até dezembro do ano passado a prefeitura pagava mensalmente R$ 60 mil para a manutenção.
O pagamento deixou de ser feito em janeiro deste ano, após a formação de uma comissão para reavaliar contratos de terceiros com o município. De acordo com a controladora, o contrato venceu em dezembro, mas a empresa pedia a renovação.
“A empresa sabia que apenas sete câmeras continuavam funcionando, mas não informou o município e pediu a renovação do contrato. Nós da Controladoria recomendamos a prefeita que não renovasse. Eram R$ 60 mil para manter sete funcionando. Se eu não estou prestando esse serviço porque eu vou querer receber? e mais, por que vou querer renovar esse contrato?”, salientou Marizete.
Dante Quadra/Rádio Cultura Foz