Até o fim do ano, os mutuários poderão financiar imóveis mais caros com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O Conselho Monetário Nacional (CMN) aumentou para R$ 1,5 milhão o valor máximo das unidades habitacionais que podem ser adquiridos pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que cobra juros menores que os demais financiamentos de mercado.
O novo limite valerá para o financiamento de imóveis residenciais novos contratados entre a próxima segunda-feira (20) até 31 de dezembro. Concedidos com recursos do FGTS e da poupança, os financiamentos do SFH cobram juros de até 12% ao ano. Acima desses valores, valem as normas do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), com taxas mais altas e definidas livremente pelo mercado.
Essa foi a segunda elevação do limite nos últimos três meses. Em novembro, o CMN tinha reajustado o teto de financiamento de R$ 650 mil para R$ 800 mil, na maior parte do país, e de R$ 750 mil para R$ 950 mil no Distrito Federal, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo.
O novo teto de R$ 1,5 milhão valerá para todas as regiões do país. Em nota, o Ministério do Planejamento informou que a medida ampliará o acesso dos mutuários a financiamentos mais baratos.
“Com a mudança, os mutuários terão acesso não só às taxas de juros aplicáveis ao SFH, em geral mais baixas do que aquelas vinculadas a outros tipos de operações imobiliárias, mas à possibilidade de movimentar os recursos de suas contas vinculadas do FGTS para o pagamento de parte das prestações ou para a amortização dos financiamentos, desde que observados os demais requisitos legais e regulamentares que regem o fundo”, destacou a nota.
Mais cedo, o Ministério da Fazenda tinha confirmado que o limite seria ampliado. Ontem (15) à noite, o ministro Henrique Meirelles tinha afirmado, em entrevista ao canal GloboNews, que a medida beneficiaria a classe média.
O novo teto valerá até o fim do ano, mas poderá ser renovado pelo CMN na reunião de dezembro.
AEN