Oeste do Paraná registra crescimento de 60% na geração de empregos na última década
Números constam do Boletim de Conjuntura Econômica Regional do Oeste do Paraná, lançado pelo Programa Oeste em Desenvolvimento (POD).
O número de empregos formais gerados nos 54 municípios da região Oeste do Paraná ultrapassou a média nacional na última década. Enquanto o País registrou um acréscimo de 45,9% de 2005 a 2015, a região obteve um aumento de 59,4%. No Paraná, o crescimento também foi menor que no Oeste: 49,3%.
Os dados são do Boletim de Conjuntura Econômica Regional do Oeste do Paraná, lançado pelo Programa Oeste em Desenvolvimento (POD) na primeira quinzena de janeiro. A Itaipu Binacional é uma das parceiras do programa.
O documento foi publicado pela Editora Parque Itaipu, da Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI), em parceria com o Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR) e o Grupo de Pesquisa em Desenvolvimento Regional e Agronegócio da Universidade do Oeste do Paraná (Unioeste/Toledo).
“Essa publicação nos ajudará a traçar as próximas ações do Oeste em Desenvolvimento, pois, conhecendo a realidade econômica da região e identificando os setores, teremos condições de potencializá-las ainda mais, formando novas cadeias produtivas regionais”, explicou o professor Jandir de Lima, representante da Unioeste no programa e um dos responsáveis pelo estudo.
O boletim está sendo distribuído nas associações comerciais, universidades, prefeituras e cooperativas da região, com o objetivo de disseminar informações estatísticas. E está disponível também no site do programa (www.oesteemdesenvolvimento.com.br) para download.
Os números
Em 2005, havia 223.434 empregos formais no Oeste. Em 2010, esse número saltou para 295.358; em 2015, chegou a 356.217.
Os três grandes polos da região são os que mais empregam: Cascavel teve um crescimento de 63.924 empregos formais em 2005 para 102.410 em 2015; Foz do Iguaçu tinha 41.213 postos de trabalho formais em 2005 e 60.700 em 2015; na sequência vem Toledo, que em 2005 tinha 30.676 pessoas trabalhando com carteira assinada e em 2015, 45.621.
Entretanto, percentualmente, os seis municípios que alcançaram maior crescimento no número de empregos na região, de 2005 a 2015, são: Santa Tereza do Oeste (149,5%), Itaipulândia (142,3%), Medianeira (132,9%), Três Barras do Paraná (119,9%), Matelândia (116,8%) e Nova Aurora (115,6%).
Por setor
O documento lançado pelo Oeste em Desenvolvimento também apresenta números de empregos formais por setores, como os gerados pela área rural e o setor de serviços, que é o maior empregador do País, concentrando 26.350.187 trabalhadores – ou 54,8% dos postos de trabalho brasileiros. No Oeste do Paraná a situação não é diferente. O setor gerou 56.274 novos empregos de 2005 a 2015, destacando o município de Medianeira, com o maior crescimento no período, de 179%.
O Boletim também aponta os dados por segmentos, como indústria do papel, de fumo, alimentícia, farmacêutica, vestiário, calçados, madeira e mobiliário, bem como material de transporte de cada uma das 54 cidades do Oeste.
Na indústria alimentícia e de bebidas, por exemplo, os sete maiores empregadores são os municípios de Cafelândia, Cascavel, Marechal Cândido Rondon, Matelândia, Medianeira, Palotina e Toledo.
Já na área da construção civil – setor que apresentou uma ampliação significativa na última década – os três maiores empregadores da região foram Cascavel, com acréscimo de 101% no número de trabalhadores formais de 2005 a 2015 (saltou de 3.204 empregados para 6.449); Foz do Iguaçu, com crescimento de 59% de pessoal admitido no setor (de 1.833 para 2.910) e Toledo, com 153% de variação positiva (de 846 trabalhadores para 2.140).
Foz do Iguaçu também é responsável por 65,8% dos postos de trabalho no setor de serviços industriais de utilidade pública no Oeste, por conta, principalmente, da usina hidrelétrica de Itaipu. Cascavel vem na segunda posição.
Queda
O documento demonstra também que, após a desaceleração da economia brasileira, houve uma queda no número de empregos em todo o Brasil, respingando também na região. “O único setor que manteve saldo positivo em 2016 foi o da agropecuária, mostrando como esse setor é importante para o País e sente de forma diferente os efeitos da crise”, explicou Lima.
Itaipu Binacional