Cotado na casa dos R$ 3,20 durante os primeiros dias de 2017, o dólar tem dado esperança aos comerciantes de Cidade do Leste, na fronteira paraguaia com Foz do Iguaçu. Em dezembro, os lojistas perceberam o aumento no movimento de compristas para as festas de final de ano. Agora, os vendedores esperam que turistas das férias de verão aproveitam a baixa da moeda americana para atravessar a Ponte da Amizade.
No entanto, os economistas salientam que essa queda do dólar é ocasional e a tendência é que a moeda volte a se valorizar ante o real após a posse do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no dia 20 de janeiro.
Nos últimos dias o dólar teve queda de 1,35% ante a moeda brasileira, a maior baixa dos últimos meses. Na quinta-feira (5), o dólar chegou a ser cotado na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) à R$ 3,19. Nesta sexta-feira (6), o dólar abriu com leve alta, cotado à R$ 3,20.
Para o economista Daniel Pereira Mujica, a situação é transitória, mas não deve ser brusca, com duração de no máximo duas semanas. Para o especialista, os fatores que influenciam o valor do dólar ante o real, é a instabilidade política no Brasil e as incertezas do futuro governo Trump.
Para o empresário, Charif Hammoud, de Cidade do Leste, a valorização do real sempre trás esperança para o comercio da fronteira e afirma que os efeitos da queda do dólar já podem ser sentidos. “Vemos mais brasileiros. Estão comprando mais que antes. Tomara que o dólar continue baixando, porque isso trás muitos turistas ao Paraguai”, disse.