O governador Beto Richa assinou nesta quinta-feira o convênio que garante o repasse de até 38 milhões e 200 mil reais para manter em funcionamento o Hospital Municipal Padre Germano Lauck, em Foz do Iguaçu. A medida faz parte do processo de intervenção administrativa na unidade, iniciado pelo Estado no último dia 1º de dezembro. Beto Richa ressaltou que o Estado reconhece a importância deste hospital para o atendimento de urgência e emergência aos moradores da região. Por isso, tem dado uma atenção especial a esta situação, que tem afetado Foz do Iguaçu e mais oito municípios.
Beto Richa nomeou há pouco mais de 20 dias uma comissão administrativa para conduzir o processo de intervenção no hospital. O governador ainda ressaltou que o Estado fecha o ano com mais de 6 bilhões de reais de investimentos feitos em todas as áreas, com ênfase na saúde, na educação, na segurança e na infraestrutura. O recurso para o Hospital Padre Germano Lauck vai ser dividido em seis parcelas mensais e deverá ser aplicado na cobertura de despesas de custeio, como contratação de profissionais, folha de pagamento, compra de medicamentos, insumos e materiais médico-hospitalares, gastos com fornecedores, contas de água, luz, telefone, entre outros. O primeiro repasse, no valor de 4 milhões de reais, está previsto para acontecer nesta sexta-feira, possibilitando que já na próxima semana o hospital possa honrar compromissos assumidos pela nova gestão. Esses recursos não poderão ser utilizados para pagamento de despesas feitas pelo Hospital Municipal antes de 1º de dezembro. As dívidas anteriores deverão ser quitadas pela prefeitura. Um dos motivos para o Estado assumir a gestão do hospital foi a indefinição política que atinge a cidade de Foz do Iguaçu. O próprio hospital municipal está no centro de diversas denúncias de corrupção, que geraram um desequilíbrio financeiro na unidade. Antes da intervenção, a estrutura estava prestes a fechar as portas. Atualmente, o Hospital Municipal conta com 180 leitos, sendo 26 de UTI. De acordo com o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, o Estado quer reestruturar o Hospital.
Michele informou que os relatórios iniciais da comissão interventora apontam que havia um total descontrole nas contas do hospital. Ele explicou que os contratos estão sendo reavaliados, completando as escalas de médicos e reorganizando toda a estrutura para evitar que a população fique sem assistência. A intervenção do Estado tem um prazo de 180 dias, renováveis por mais 180 dias. Ela envolve exclusivamente a gestão dos serviços e não abrange os bens e patrimônios do hospital, que seguem com a prefeitura. A intenção é dar estabilidade à instituição e restabelecer o fluxo de atendimento no local. Em três semanas, o governo do Paraná já destinou uma série de medicamentos, insumos e materiais médicos para garantir a continuidade dos serviços no Hospital Municipal de Foz do Iguaçu. A atitude foi tomada em caráter emergencial, tendo em vista a falta de centenas de itens que inviabilizavam o atendimento adequado dos pacientes. Desde que assumiu a gestão, o Estado já enviou 300 mil reais em ajuda ao hospital. Nos próximos dias, um novo lote de medicamentos deverá ser encaminhado pelo Estado. Desde 2013, o Estado aplicou mais de 38 milhões de reais em recursos extras para auxiliar no funcionamento da unidade. Os incentivos foram destinados ao custeio dos serviços e outras despesas importantes.
Assessoria