A Polícia Federal concluiu a análise do Núcleo Técnico Científico (Nutec), que apurou obras de asfalto em Foz do Iguaçu, investigadas pela Operação Pecúlio. No laudo, todas as amostras coletadas mostraram uma camada menor de asfalto do que o estabelecido nos contratos da prefeitura com as empreiteiras, firmados em 2014.
As irregularidades foram encontradas em três contratos, de reforma, duplicação e construção, feitos nas avenidas Pedro Basso, Morenitas, Portugal, Andradina, Felipe Wandscher, Olímpio Rafagnin e Sérgio Gasparetto, José Maria de Brito, Ranieri Mazzili.
A polícia constatou que a fraude se deu na espessura da camada de asfalto. Em vias que deveriam ter 7 centímetros de asfalto, foram feitas entre 3,5 e 5 centímetros. A Polícia Federal informou ainda, que apenas 45% das obras foram concluídas e o desvio de dinheiro veindo do govenro federal por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) pode ser de R$ 4,4 milhões.
A maior fraude foi constatada na marginal da BR 277, Rua Olímpio Rafagnin, com superfaturamento de R$ 1.271.773,68. No local, a camada de asfalto do trecho marginal tinha 4,9 centímetros sobre 34 centímetros de pedra.
A investigação constatou ainda, que foram orçados R$ 56 milhões para as obras nestas avenidas e que foram gastos R$ 25,5 milhões. Se a operação não tivesse acontecido, os investigadores acreditam que o valor desviado poderia chegar a R$ 9 milhões.
O delegado responsável pela Operação Pecúlio, Fábio Tamura, disse que estão envolvidos donos das empresas que negociavam diretamente as obras e alguns funcionários. “O próximo passo será identificar estes outros envolvidos”, disse.
O Ministério Público Federal irá pedir a devolução do dinheiro desviado.