Em assembleia realizada na sexta-feira (18) os guardas municipais de Foz do Iguaçu decidiram manter o estado de greve, montar acampamento e realizar manifestações todas as semanas em frente à prefeitura.
De acordo com guarda municipal Marcelo Arruda, diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu (Sismufi), a categoria decidiu manter o estado de greve e realizar mobilizações por tempo indeterminado. Entretanto, a decisão é de manter normalmente a prestação dos serviços da Guarda Municipal junto a comunidade.
Os GMs deverão montar acampamento em frente à Prefeitura, e na próxima quinta-feira (24), às 8h da manhã, irão realizar uma manifestação no mesmo local. A proposta aprovada em assembleia prevê ainda outras atividades para mostrar a insatisfação da categoria.
A GM Eliane de Oliveira Souza, membro da comissão de negociação, explicou que diante da justificativa apresentada pela administração para o não atendimento da reivindicação, a categoria elaborou um estudo e levou ao conhecimento da prefeita, demonstrando a possibilidade do pagamento das referências. “ Nós fizemos da mesma forma como foi feito o estudo para pagamento das referências aos professores, considerando o número de servidores que se aposentaram.
Desta forma nós também verificamos o número considerável de aposentadorias nas demais secretarias. Sendo assim, acreditamos que a Prefeitura também poderá utilizar esse dinheiro para implantar as nossas referências”, ressaltou.
Está terminando a gestão e implantação das referências ficou só na promessa
Há mais de dois anos a categoria vem reivindicando a aplicação da Lei 4.133 de 16 de setembro de 2013, que em seu art. 1º inciso III e IV, dispõe sobre o acréscimo de referências salariais. A Prefeitura chegou até a divulgar que elas seriam pagas integralmente durante o exercício de 2015, mas isso não aconteceu.
A última reunião com o executivo no dia 11 de novembro terminou sem sucesso. Os servidores da Guarda Municipal ouviram um não. Eles pediram uma justificativa por escrito. A administração encaminhou essa justificativa onde dentro outras considerações consta a alegação de que no final da gestão o município possui diversos compromissos financeiros a cumprir, atendendo a Lei de Responsabilidade Fiscal, e ainda sugere que seja transferida a reivindicação para a próxima gestão.