Perto de atingir os 100 milhões de MWh, Itaipu vive sua melhor fase operacional

A menos de 50 dias de atingir a marca histórica mundial de 100 milhões de
megawatts-hora (MWh) de produção em um só ano, a usina de Itaipu, na
fronteira do Brasil com o Paraguai, vive hoje, aos 32 anos de operação, sua
melhor fase produtiva.

Os números revelam índices de eficiência operacional de quase 100%. O
aproveitamento é quase total da água que chega ao reservatório para a
produção de energia elétrica, mesmo com vertimentos esporádicos, e é baixo o
índice de indisponibilidade das unidades geradoras.

O diretor técnico executivo, Airton Dipp, considera que “esse é um período
de consolidação da performance operacional da usina”. Desde o início do ano,
Itaipu vem batendo sucessivos recordes de produção, superando inúmeras
marcas de geração.

A produção de energia de Itaipu teve, em 2016, os melhores janeiro,
fevereiro, maio, junho e outubro. Além disso, superou as gerações acumuladas
fechando os melhores bimestre, trimestre, quadrimestre e, assim por diante,
até o acumulado de 10 meses.

Para Dipp, os resultados positivos deste ano refletem a maturidade
empresarial de um trabalho integrado, que permitiu o estabelecimento de um
modelo sistêmico e sustentável, com foco no gerenciamento eficiente da
segurança dos trabalhadores, na preservação do meio ambiente, na segurança
das instalações e, especialmente, na otimização da produção da energia
elétrica limpa e sustentável”.

Agora em novembro, a Itaipu chegou a outra marca importante: 2,4 bilhões de
megawatts-hora de energia produzidos desde a entrada em operação da primeira
turbina. Se fosse acumulada, essa energia toda daria para abastecer o mundo
inteiro por 40 dias, duas horas e 45 minutos.

Produção anual

Por contrato previsto no Tratado de Itaipu, a binacional precisa gerar
anualmente 75 milhões de MWh, mas sempre produziu muito acima desse valor
desde que o projeto foi concluído, contribuindo significativamente para os
sistemas elétricos do Brasil e do Paraguai. Nos últimos dez anos, por
exemplo, a geração da usina atingiu a média de 92.179.005 MWh anuais. Já nos
últimos cinco anos, essa média é ainda maior: 93.234.700 de MWh. O recorde
anual da usina é de 2013, com 98,6 milhões de MWh.

Primeira fase pós construção

Após a construção da usina, em 1974, a Itaipu Binacional passou por três
fases importantes. A primeira etapa começou em 1984, quando começou a gerar,
e prosseguiu até 1991. Naquela época, o desafio era fazer a usina funcionar,
ou seja, colocar em operação todos os sistemas e equipamentos da
hidrelétrica, garantindo a segurança da operação de sua barragem e demais
estruturas críticas, além do escoamento da produção de energia pelos
sistemas de transmissão (ainda incompletos) até os centros de consumo do
Brasil e do Paraguai.  Nesse período, a usina operava com 18 das 20 unidades
geradoras previstas no projeto.

A segunda fase durou de 1993 a 2007. Nessa etapa, o avanço do desempenho
operacional da Itaipu dependia da disponibilidade dos sistemas e
equipamentos compatíveis com as expectativas da produção e escoamento de
energia da usina aos consumidores brasileiros e paraguaios. Nesse período,
em 2007, o projeto foi concluído com a entrada em operação das duas últimas
unidades geradoras. A potência da hidrelétrica passou de 12,6 mil MW para 14
mil MW.

A terceira e última fase, de 2007 até hoje, considerada como a etapa de
consolidação da performance operacional da usina, ocorre em boa parte graças
também aos conceitos aperfeiçoados que vêm sendo aplicados à produção e à
produtividade da usina, para o melhor aproveitamento da água que chega ao
reservatório (matéria-prima) e também quanto ao uso e preservação dos
equipamentos.

Isso só é possível graças ao entrosamento entre todas as áreas da Técnica
(Obras, Engenharia, Manutenção e Operação) com os sistemas de transmissão
operados por Furnas e Copel, no Brasil, e Ande, no Paraguai.

Assessoria

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