O Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu (Sismufi) convocou os guardas municipais para uma assembleia na sexta-feira (4), para discutir as referências salariais, falta de condições de trabalho e decidir sobre a possibilidade de greve. A assembleia acontece às 19h, na sede do sindicato, na Rua Tarobá, 249, no centro.
Em nota, o guarda municipal Marcelo Arruda, diretor do Sismufi, ressalta que mesmo com a redução do efetivo ao longo dos anos, a corporação aumentou e melhorou a atuação. “Precisamos da atenção que merecemos por parte da Administração”, reforçam.
Para Arruda, são várias situações em que fica claro o descaso com a corporação. “É a falta da efetivação do Estatuto Geral da Guarda Municipal, de acordo com a Lei Federal 13.022/14, a implantação das referências salarias previstas na Lei Municipal 41.133, o Regulamento da Guarda que está sendo questionada na justiça, os coletes balísticos que venceram, e ainda o sucateamento das viaturas e equipamentos. Nas ascensões, nós somos a categoria que precisa cumprir um prazo muito maior com relação as demais”, destacou.
“Com relação as referências o governo Reni e Ivone aprovou 8 e pagou apenas 4. Não adequou o orçamento para cumprir uma lei que eles mesmo criaram. Não colocou uma data. É um calote anunciado que estamos tentando evitar”, ressaltou Arruda.
Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
O diretor Simufi disse ainda que a categoria está revoltada com o rodizio dos coletes balísticos. “Em razão do calor que faz na cidade, ter que usar um colete todo molhado, além de não ser nada recomendável, é desconfortável e pode até causar doenças de pele. As botinas da guarda não são adequadas. Os que utilizamos são os indicados para trabalhadores da construção civil. É preciso responsabilizar o gestor, que em tese teria a responsabilidade de zelar pelo uso dos EPIs”.
Indicativo de greve
De acordo com Arruda, a assembleia deve decidir por uma data limite para as negociações, e caso não avance o diálogo poderá se deflagrar uma greve. “Entre as sugestões de mobilização que serão discutidas pela categoria durante a assembleia estão: a realização de operação padrão no trânsito, fechamento de vias, passeatas, acampamento em frente ou até mesmo uma ocupação da Prefeitura. Porque até agora a categoria só foi enrolada”, enfatizou.