A 12ª Feira Internacional do Livro de Foz do Iguaçu tem sido uma vitrine de visibilidade para as publicações dos escritores da cidade. Inteiramente dedicado à produção literária local, o evento promove lançamentos, bate-papos e debates sobre as obras e os temas abordados nas edições. A venda de livros de escritores iguaçuenses durante a feira também reflete o destaque da programação para as “pratas da casa”.
A Feira do Livro acontece até domingo, 6, no Shopping Catuaí Palladium, com uma agenda gratuita de atividades de arte, cultura, leitura e literatura, destinada a públicos de todas as idades. Os leitores podem visitar dezenas de estandes de livrarias e sebos, que oferecem livros e publicações em condições promocionais, abrangendo lançamentos, raridades e clássicos em todas as áreas do conhecimento humano.
O diretor de cultura da Fundação Cultural de Foz do Iguaçu, Márcio Vitor Queiroz, conta que além da visibilidade para a produção literária da cidade, a comercialização de livros produzidos por iguaçuenses também está sendo satisfatória. “Em nosso levantamento preliminar, constatamos que as publicações de autores da cidade representam parte significativa das vendas de livros na feira. Este ano, o evento enfatiza o escritor da cidade”, expõe.
Professor do curso Relações Internacionais da Unila (Universidade Federal Latino-Americana), o escritor Dr. Gustavo Oliveira Vieira lançou durante a feira o livro “A Formação do Estado Democrático de Direito: o constitucionalismo na emergência da sociedade civil”. “A Feira do Livro é o ápice da construção cultural para a sociedade iguaçuense. Para nós, é uma oportunidade para compartilhar e retornar à comunidade o trabalho de pesquisa”, diz.
Novos autores
O livreiro Ernani Brito, diretor da Livraria e Editora Epígrafe e coordenador do Núcleo de Livrarias e Sebos da Acifi (Associação Comercial e Industrial de Foz do Iguaçu), explica que há um aumento da produção literária no município, decorrente da ampliação da estrutura educacional, especialmente do polo universitário. Com efeito, a Feira do Livro consolidou-se como canal importante para a divulgação e a promoção dos autores locais.
“Temos uma atividade acadêmica maior, com mais universidades e instituições de ensino e pesquisa instaladas no município, resultando no aumento de publicações”, reflete Ernani Brito. “A feira é o principal espaço para fomentar o trabalho dos escritores da cidade, da escrita e da produção intelectual. Hoje conseguimos fazer uma feira apenas com autores locais, talvez antes não fosse possível”, assinala.
Acadêmico do curso de Letras da Unioeste/Foz (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), João Lucas Camargo é coautor do livro “O PIBID e a formação de professores de matemática, pedagogia e letras: ações e concepções”, organizado pela professora Dra. Delfina Cristina Paizan. Na Feira do Livro, o estudante participou do lançamento do trabalho de pesquisa, sua primeira participação em capítulo de livro.
“A presença neste evento é importante, pois a universidade deve se aproximar cada vez mais da comunidade”, destaca João Lucas Camargo. Para ele, a feira possibilita um canal de interlocução entre a produção acadêmica e a população. “A promoção do diálogo entre a universidade e a sociedade pode ser feita através deste espaço, por meio da divulgação dos trabalhos ou das interações com o público”, complementa.
AMN