Das salas de aula, alunos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) tiveram os conhecimentos testados em oficinas no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), onde desenvolveram um aeromodelo, protótipos de carrinhos, e o projeto de um veículo estilo fórmula 3. A partir da próxima semana, eles enfrentam um novo desafio: os projetos das quatro equipes orientadas por profissionais do PTI serão colocados à prova em competições que serão realizadas em várias cidades do país.
Os primeiros estudantes que vão viajar são da Equipe Aero, para participar da Aerodesign, que acontece entre os dias 2 e 6 de novembro na cidade de São José dos Campos, em São Paulo. O aviãozinho movido à combustão foi feito por alunos de engenharia elétrica, engenharia mecânica e ciência da computação.
De 8 a 10 de novembro é a vez da equipe Grupo Cataratas de Eficiência Energética (GCEE) competir na Shell Eco-Marathon Brasil, no kartódromo Granja Viana, em Cotia, São Paulo. Estudantes de engenharia mecânica e engenharia elétrica montaram dois protótipos, um movido a etanol e outro elétrico, que vão disputar com a intenção de percorrer a menor distância com menor quantidade de energia.
Na semana seguinte, de 17 a 20 de novembro, em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, a equipe Baja vai levar o RQ3, um veículo offroad feito por alunos das engenharias elétrica e mecânica. O protótipo vai enfrentar sete provas, que vão testar itens como segurança, motor, suspensão e tração, e frenagem.
O último grupo a viajar para apresentar um projeto desenvolvido no PTI é o Fórmula SAE. Os alunos que participam da equipe ainda não têm um protótipo, mas entre 24 e 27 de novembro vão a Piracicaba, em São Paulo, apresentar um projeto de um veículo a combustão interna, que deve ficar pronto até o próximo ano.
Futuro profissional
O engenheiro mecânico Sérgio Calça, do Centro de Mobilidade Elétrica Inteligente (Mob-i), instalado no PTI, contou que cada equipe tem de 15 a 18 alunos. “A gente dá todo o apoio de gestão técnica, passa todo o procedimento e viabiliza compras pelo PTI. Mas o desenvolvimento fica todo com os alunos, que precisam se dedicar”, disse.
Para Sérgio, a participação dos estudantes nesses projetos garante um diferencial para a vida profissional. “É muito bom para eles pegarem o engajamento de um projeto, e entenderem como são as fases, como o cronograma, aquisições, parte técnica, e também a gestão. Um aluno que está se formando e sai com essa bagagem sai muito mais preparado para o mercado de trabalho”, ressaltou.
Aprendizado
O estudante de engenharia elétrica Marcelo Felipe Chan Yu entrou na equipe GCEE querendo aprender um pouco de mecânica e vê vantagens no trabalho em grupo do projeto. “Você consegue aprender a trabalhar com tipos diferentes de pessoas, níveis escolares diferentes e pontos de vistas diferentes. É muito benéfico para todos os estudantes”, considerou.
“Além de ser muito divertido sair daquela coisa séria que é a sala de aula, com teoria e cálculos, e poder aplicar isso em algo que você gosta; proporciona um crescimento profissional e pessoal, por poder desenvolver vários métodos para chegar em um resultado final. É gratificante quando você vê tudo funcionando, no nosso caso saindo do chão e voando”, disse Jenifer Carolina da Silva, aluna de engenharia elétrica que participa da equipe Aero.