A ACIFI (Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu) repudia veementemente o reajuste de 16,06% dos salários dos vereadores, prefeito, vice-prefeito, secretários municipais, controlador interno e procurador geral do município. A entidade considera a reposição uma clara afronta à sociedade iguaçuense, sobretudo devido ao atual momento político e econômico.
A hora é de austeridade fiscal, com redução dos gastos públicos em todos os níveis de governo: federal, estadual e municipal. A população brasileira, inclusive a iguaçuense, tem exigido mais responsabilidade de seus governantes, mas parece que os vereadores estão surdos à voz do povo.
É impensável qualquer tipo de recomposição desta ordem justamente quando a cidade enfrenta grave momento político, com o prefeito preso desde julho deste ano sob a acusação de ser o principal operador do esquema para desviar dinheiro público da prefeitura. É enorme o prejuízo aos cofres públicos por causa dos desvios criminosos, segundo a Polícia Federal. É hora de economizar dinheiro público!
Vale destacar que as denúncias de corrupção na prefeitura recaem inclusive sobre parte dos vereadores da atual legislatura. Já não bastasse isso, a população iguaçuense ainda enfrenta a incerteza quanto ao resultado da votação ocorrida no último dia 2 de outubro. A definição do futuro prefeito de Foz do Iguaçu depende de julgamento do Superior Tribunal Eleitoral (TSE).
Os vereadores deveriam, neste grave momento da história do nosso município, olhar para além dos seus gabinetes. Será fácil perceber que a sociedade iguaçuense hoje sofre com o caos na saúde pública no município; problema este que talvez pudesse ter sido evitado caso o legislativo tivesse cumprido seu papel de fiscalizar e legislar em prol da população.
A realidade é ainda mais dura. Segmentos de extrema importância para a economia de Foz Iguaçu como o transporte, a logística e o comércio exterior têm amargado enormes prejuízos em virtude da greve dos auditores fiscais da Receita Federal. Com a queda na movimentação de mercadorias, as empresas do setor estão perdendo dinheiro e demitindo trabalhadores. A paralisação tem causado assim um efeito “bola de neve” na cidade.
A ACIFI reivindica que a administração pública municipal reveja o aumento e tome medidas para diminuir os gastos públicos, assim como tem feito diversos segmentos da economia. É preciso um mínimo de sensibilidade para ouvir o clamor da sociedade.
Assessoria