O deputado estadual Chico Brasileiro (PSD) deveria prestar depoimento nos autos da Operação Pecúlio na tarde de hoje (14), no Fórum da Justiça Federal, mas foi dispensado pela defesa do réu. Brasileiro havia sido intimado como testemunha de defesa, mas pretendia aproveitar a oportunidade para reafirmar suas denuncias contra o esquema da PPP. A intimação, realizada as vésperas das eleições, foi usada como manobra por uma candidatura contrária.
Para Brasileiro, o réu Luiz Carlos Kossar, citado como um dos principais envolvidos na Operação Pecúlio, incluiu seu nome como testemunha de defesa no processo apenas para causar tumulto nas eleições. Kossar é o marketeiro responsável pela campanha de Phelipe Mansur, candidato a prefeito nas eleições deste ano. Kossar, é autor do “Diagnóstico Econômico de Foz do Iguaçu – 2016”, principal peça de campanha apresentada por Mansur.
“Sei quem é o Kossar, mas não sei dizer qual a participação dele nas fraudes praticadas por essa quadrilha, porém acredito que ele tenha aproveitado a eleição e usado esse expediente como forma de criar um fato para tentar tumultuar a fase final da campanha. Tanto que, passada a eleição ele solicitou que eu fosse dispensado como testemunha.” Explica Brasileiro.
Apesar da tentativa de confundir os eleitores ligando o nome de Brasileiro a Operação Pecúlio, o deputado faz questão de destacar sua participação como denunciante das fraudes que vinham sendo praticadas na saúde do município e reafirma que não irá defender nenhum envolvido em qualquer tipo de ilícito, seja quem for.
Em 2015, Chico Brasileiro enviou cópia do Relatório da Auditoria da 9ª Regional de Saúde ao Ministério Público do Paraná, que apontava inúmeras irregularidades no Hospital Padre Germano Lauck. Em março desse ano, o Deputado oficiou a Promotoria de Patrimônio Público de Foz do Iguaçu e o Ministério Público Federal, revelando as condições do Hospital Municipal e a má intenção da administração daquela unidade com a instalação da PPP.
Assessoria