A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (21) em Foz do Iguaçu, a Operação Lixo Tóxico, no combate aos crimes de corrupção ativa, poluição ambiental, contrabando e associação criminosa. O alvo da operação foi empresas brasileiras que importavam do Paraguai baterias automotivas usadas. A prática é proibida por lei, em razão da toxidade das substâncias que compõem interna e externamente as carcaças dessas baterias.
Em nota, a Polícia Federal explicou como o crime era realizado na fronteira.
“Sendo observada grande incidência de crimes contra o meio ambiente nesta região de fronteira, constatou-se que algumas empresas que atuam no ramo de comércio de baterias automotivas importavam, do Paraguai, baterias usadas. Tal prática é proibida por lei, em razão da toxidade das substâncias que compõem interna e externamente as carcaças de baterias veiculares. Além disso, sem autorização, algumas dessas empresas armazenavam tais sucatas em local impróprio e de forma incorreta.
Tal conduta, conforme constatado por exame pericial, permitiu em alguns casos que vazamentos de ácido-sulfúrico e de chumbo, substâncias cancerígenas, penetrassem o solo, podendo isso levar à contaminação do lençol freático, rios e da água consumida pela população que reside nas vizinhanças destes locais.
Insatisfeitos com a forte fiscalização nesta fronteira, em especial da respeitável Guarda Municipal, alguns desses empresários tentaram, sem sucesso, subornar os servidores municipais, oferecendo-lhes dinheiro em troca da omissão no serviço.
Foram expedidos pela 5ª Vara Federal de Foz do Iguaçu 20 mandados de busca e apreensão, 4 mandados de condução coercitiva, além de mandados de intimação para prestar esclarecimentos. As penas máximas previstas variam de 3 a 12 anos de reclusão (prisão) para cada um dos crimes mencionados“.