O fim de semana começou movimentado no Centro de Especialidade Médicas (CEM) de Foz do Iguaçu. Desde as 6h desse sábado (17), centenas de moradores da região Oeste procuraram o local para fazer a avaliação e, após confirmado o diagnóstico, realizar a cirurgia de catarata. A meta é atender 250 pacientes até o fim da tarde de domingo (18). Esse é o 6º Mutirão de Catarata realizado na fronteira. O próximo está marcado para o fim do mês.
A maratona de procedimentos faz parte do Mutirão Paranaense de Cirurgias Eletivas, e as intervenções são feitas no centro cirúrgico do Hospital Municipal (HM). A prioridade são pacientes que aguardam pela operação há mais de um ano. Mesmo com dificuldade para caminhar, a aposentada Ana Bobato, 73, procurou o serviço para a cirurgia do segundo olho. O procedimento no primeiro foi em agosto. “Minha visão melhorou muito, e agora com a cirurgia do segundo olho vou poder assistir aos jogos de futebol pela tv e torcer ainda mais pelo Santos”, disse, rindo, referindo-se ao clube do litoral de São Paulo.
A maior parte dos pacientes atendidos nesse fim de semana está realizando o segundo procedimento. Dulce Echkardt, 68, já operou o olho direito e agora veio fazer a cirurgia do esquerdo. “Eu tinha dificuldades para fazer até as tarefas domésticas, e depois do primeiro procedimento cheguei em casa e percebi que meu marido não estava limpando direito a garagem. Dei bronca. Mas achei que ele está mais bonito”, brincou.
O metalúrgico argentino Guillermo Otero, 60, que mora em Foz há mais de 30 anos, também veio operar o segundo olho, e logo depois do primeiro procedimento já sentiu a diferença. “É como se a minha visão estivesse embaçada, e após a cirurgia tudo fica claro e as cores ganham melhores definições”, explicou. Foi o que sentiu a aposentada Hilda Kusbiak, 70. “A gente volta a ver detalhes que antes passavam despercebidos. Estou muito contente”, afirmou.
Mesmo quem tem outros problemas associados à catarata percebem a diferença. A pensionista Adélia Wenzel, 72, teve toxoplasmose, doença infecciosa que pode provocar lesões na retina. Após o procedimento para a retirada da catarata, recuperou quase 80% da visão. “Hoje vou fazer o segundo olho que foi menos afetado pela toxoplasmose e acredito que vou sair daqui enxergando muito melhor”, disse.
Esse é o sexto mutirão realizado em Foz desde junho, com um total de 1,4 mil procedimentos. “Temos profissionais conceituados que trabalham no atendimento aos pacientes, utilizamos materiais importados e oferecemos todo o suporte pós-operatório”, garantiu o médico Roberto Cacciari Filho, diretor técnico da Cristalink. “Nos dias 24 e 25 de setembro teremos mais um etapa do mutirão em Foz, com previsão para mais 200 pacientes”, adiantou a secretária municipal da Saúde, Patrícia Foster Ruiz. “E ainda vamos realizar esse ano um mutirão no Poliambulatório, na região do Porto Meira”, anunciou o chefe da 9ª Regional da Saúde, Ademir Ferreira.
Assessoria HMFI