Os auditores fiscais da Receita Federal decidiram na terça-feira (13) continuar a mobilização nacional, por tempo indeterminado, de paralisar o despacho aduaneiro de caminhões com cargas que entram ou saem do Brasil. A mobilização começou em julho deste ano, e afeta a liberação de cargas do Porto Seco em Foz do Iguaçu, que chega a acumular cerca de 600 caminhões dentro do pátio durante os dias em que o serviço não acontece.
Os auditores mantém o despacho de cargas perecíveis, vivas e de insumos agrícolas. Os funcionários param o trabalho de despacho de cargas duas vezes na semana, quando o acumulo de caminhões já chegou a dois mil, entre o Porto Seco e ruas de Foz do Iguaçu, além das cidades vizinhas da Argentina e Paraguai.
Agricultores paraguaios reclamam que a paralisação prejudica a plantação, que não recebe adubos importados do Brasil. Representantes do setor pediram para que os fiscais deem preferência na liberação dessas cargas. No lado brasileiro, os caminhoneiros reclamam que os dias parados geram gastos extras e a falta de renda. Os moradores de Foz também se sentem prejudicados com o congestionamento causado pelos caminhões parados no acostamento das avenidas.
Nota do Sindifisco
Considerando que a Comissão Especial que deve analisar o Projeto de Lei (PL) 5864/16 que trata do acordo celebrado entre os Auditores Fiscais e o governo federal em março de 2016 se reuniu ontem em Brasília e adiou a sessão para o dia 04 de outubro;
Considerando que outras categorias celebraram acordos semelhantes e que tais acordos já foram aprovados e implementados;
Considerando que até o momento o governo não fez as gestões necessárias no Congresso Nacional para a aprovação do PL;
O Sindifisco Nacional comunica a todos que MANTERÁ O ESTADO DE MOBILIZAÇÃO POR TEMPO INDETERMINADO, até que o acordo seja aprovado e implementado;
O Sindifisco Nacional lamenta mais uma vez os transtornos que serão gerados com a falta de compromisso do governo federal para com o acordo firmado com a categoria de Auditores Fiscais e espera uma solução para o caso o mais breve possível.