A mobilização dos auditores fiscais da Receita Federal tem causado longa espera de caminhoneiros que passam pelo Porto Seco de Foz do Iguaçu, aguardando a liberação da carga para entrar ou sair do Brasil. Até a quarta-feira (7), cerca de dois mil caminhões esperavam a liberação.
A paralisação acontece sempre nas terças e quintas-feiras, como forma de forçar o governo federal a cumprir um acordo feito em 2015, de reajuste salarial. Nesta quinta-feira (8), o Sindicato dos Auditores Fiscais informou que deverá fazer a liberação das cargas perecíveis, perigosas e vivas, além de fertilizantes com destino ao Paraguai.
Empresários do setor agrícola do Paraguai se reuniram com os auditores fiscais brasileiros, expondo os problemas causados devido a paralisação do lado Brasileiro. Eles explicaram que a demora na liberação de fertilizantes resultou na queda de 40% nas vendas. Com isso, os dois lados chegaram a um consenso, para que as cargas de fertilizantes também fossem colocadas na categoria de urgente.
A paralisação atinge os três lados da fronteira. Estima-se que em Puerto Iguazú, na Argentina e em Cidade do Leste, no Paraguai, cerca de 700 caminhões esperam liberação para seguir viagem pelo Brasil.