Um fim de semana histórico em Praga. Ana Sátila conquistou uma prata inédita para a Canoagem Brasileira no K1 Feminino, além de Felipe Borges, Pedro Gonçalves, Charles Corrêa e Anderson Oliveira do C1, K1 e C2 Masculino respectivamente, colocam pela primeira vez o Brasil todas as semifinais disputadas em uma etapa da Copa do Mundo.
Com o tempo de 110.75 segundos, Sátila entra novamente para a história com sua medalha de prata. Na sua descida realizada durante a 4a Etapa da Copa do Mundo de Canoagem Slalom, em Praga, na República Tcheca, ela obteve quatro toques e ficou apenas 2.16 segundos da primeira colocada a alemã Ricarda Funk.
“Eu precisava dessa medalha. Nos Jogos Olímpicos um erro meu me deixou fora da semifinal, mas agora eu já quero trabalhar muito mais pensando em Tóquio, e essa medalha é só o início”, comenta. Para o treinador da Equipe Brasileira, Ettore Ivaldi, esse resultado consolida Ana entre as melhores do Mundo na sua categoria. “Ana está muito bem, e vai crescer ainda mais”, garante o técnico.
Para João Tomasini Schwertner, presidente da Confederação Brasileira de Canoagem o resultado de Ana Sátila monstra que a Canoagem Slalom dará boas notícias nos próximos anos. “Logos após os Jogos Olímpicos demonstramos que iniciamos um novo ciclo olímpico com o “pé direito”, se a Canoagem Slalom era uma promessa para a Rio 2016 com certeza ela será uma realidade de medalha em Tóquio 2020”, comenta.
Com apenas 20 anos de idade a atleta natural de Iturama/MG iniciou sua carreira esportiva quando residia em Primavera do Leste no Mato Grosso. Sátila ingressou na Equipe Permanente em 2012 e mudou para Foz do Iguaçu (PR) quando a Canoagem Brasileira iniciou o projeto do ciclo olímpico para a Rio 2016.
Com o ingresso do BNDES como patrocinador oficial somado a Itaipu Binacional e posterior a General Electric do Brasil (GE) em 2014 os atletas transformaram os investimentos em resultados e Ana Sátila em feitos inéditos. Esta é a primeira vez que a jovem atleta garante uma medalha no K1 Feminino em Copas do Mundo. Ano passado ela obteve uma prata também na República Tcheca só que disputando o C1 Feminino, modalidade que se tornará olímpica em Tóquio 2020.
Brasil coloca barcos em todas as semifinais disputadas
Pela primeira vez em Copas do Mundo o Brasil consegue garantir vagas em todas as categorias que disputou. Pedro Gonçalves no K1 Masculino fez uma boa classificatória ficando em 7o lugar com apenas 3.07 segundos do melhor barco. Na semifinal ele ficou em 25o lugar. “Eu já consigo conquistar índice para chegar em uma final, quero agora melhorar a qualidade das descidas, estou chegando perto”, comenta Pepe.
Já no C1 Masculino Felipe Borges conquistou a 22o lugar, foi a primeira semifinal conquistada pelo atleta neste ano. “Voltei fortalecido dos Jogos Olímpicos. Na primeira temporada das Copas do Mundo o foco era a vaga olímpica, agora é estar entre os 10 melhores”, esclarece. Na categoria C2 Masculino Charles Corrêa e Anderson Oliveira ficaram em 20o lugar na semifinal, eles passaram direto pela baliza “21” e tiveram uma penalidade de 50 segundos além seis penalidades durante a prova.
“Não foi uma boa descida, agora é foco para melhorar” comenta Corrêa. Já Anderson lembra que querem repetir o resultado em Ivrea na Itália. “Na primeira etapa da ficamos em 9o lugar, queremos estar entre os 10 em Tacen”, lembra o atleta que já está focado para a última Etapa da Copa do Mundo que acontecerá na Eslováquia entre os dias 09 e 11 de Setembro.
Assessoria Canoagem